Jornalistas discutiram a moralização da profissão e criação de associação

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Jornalistas visam criar associação da categoria (Foto: Divulgação)

Jornalistas visam criar associação da categoria
(Foto: Divulgação)

Cerca de 25 jornalistas de Rondonópolis realizaram na noite de ontem uma reunião na Câmara Municipal, no intuito de tratar assuntos que afetam a categoria e discutir sobre a criação de uma associação representativa, que vise, sobretudo, moralizar a profissão.
Podendo ser considerada um esboço de um projeto amplo e abrangente, a reunião enfocou, principalmente, a moralização, a idoneidade e os propósitos do Jornalismo, que atualmente tem dado lugar ao oportunismo e a falta de credibilidade, por estar sendo usado de forma indevida e sem a responsabilidade exigidas pela profissão.
Assuntos
Dentre os assuntos levantados pelos jornalistas, enfocou-se a contratação, pelos órgãos de comunicação, de pessoas qualificadas; a possibilidade de elaboração de uma tabela de preços, visando pôr fim à atuação mercenária; bem como a criação de uma  associação da categoria, que num primeiro momento beneficie os jornalistas locais, se expandindo depois,  para os demais profissionais da Região Sul.
Para dar andamento às questões ontem discutidas, foi formada uma comissão provisória, que deverá buscar mais informações no que tange aos aspectos legais, cujos resultados serão colocados para apreciação dos demais, em reunião a ser marcada para as próximas semanas.
A comissão tem como membros, os jornalistas Robson Morais, Hosana Meneses, Erick Valeriano, Wlly Garcês e Valdeque Matos, que contarão com respaldo dos demais participantes.
“O que se busca, é oferecer ao público um trabalho de qualidade com matérias procedentes, idôneas e sem sensacionalismo barato, como estamos vendo acontecer”, afirmaram os profissionais.
Inconstitucional
Em 2099, o Supremo Tribunal Federal (STF), tornou inconstitucional a exigência do diploma de jornalismo e, consequentemente, a regularização profissional no Ministério do Trabalho, como condição para o exercício da profissão de jornalista. Com essa decisão, praticamente jogou-se por terra anos de estudo e dedicação à formação acadêmica para se obter o Diploma de Jornalista e também os esforços e competência de quem se beneficiava da Lei Camata de 1979, que originou o decreto presidencial nº 83.284, que dava direito à regulamentação no Ministério do Trabalho, àqueles que, comprovadamente, estavam no exercício da profissão até então, mesmo não sendo formados.
A extinção pelo STF da exigência do diploma e, paralelamente, da regulamentação, abriu caminho para muitos, que passaram a se autointitular  Jornalistas, sem tem o menor requisito, capacidade e conhecimentos para tanto, fazendo da profissão um meio de exploração financeira, principalmente sem se importar com a procedência e veracidade dos fatos.
Com o advento da Internet, houve uma proliferação do oportunismo, com o surgimento de sites e blogs, que reportam matérias de terceiros, sem o devido crédito e que sequer possuem um jornalista responsável pelo veículo, dentre outras irregularidades praticadas.

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