Jovem é estuprada em viatura da PM

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Imagens de câmera de segurança contradizem versão de policiais e confirmam depoimento da vítima.

Imagens de câmera de segurança contradizem versão de policiais e confirmam depoimento da vítima.

Por sua linha editorial voltada mais à política e às reivindicações populares, o blog não costuma reportar matérias policiais, mas casos de estupro como esse  (e tantos outros já publicados) que reportamos abaixo, denunciamos a covardia e o uso de funções públicas de segurança para a prática desse monstruoso delito, quando os autores teriam o dever de proteger e não abusar das vítimas.
Principalmente pelo fato de que desacreditavam na vítima, isentando de culpa os ditos policiais, que não passam de monstros.
O caso  
Dois policiais militares de São Paulo estupraram uma jovem de 19 anos na cidade de Praia Grande, no litoral paulista, ainda na noite do dia 12 de junho, em uma viatura policial.
Um laudo pericial já havia apontado indícios de violência sexual contra a vítima, mas mesmo assim algumas pessoas relutavam em acreditar na versão da jovem e continuavam defendendo os policiais.
“Depois do vídeo e de todas as provas, agora a maioria passou a acreditar em mim”, die a vítima, cujo vazamento do vídeo foi benéfico para provar que ela havia contado a verdade em depoimento.
A verdade
Segundo a Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo, em depoimento à Polícia Civil, os PMs haviam relatado que ambos teriam ido nos bancos da frente do veículo.
No entanto, as imagens gravadas por câmeras de segurança mostram um dos policiais militares investigados pelo estupro entrando no banco de trás da viatura junto com a vítima, confirmando a versão que havia sido apresentada pela vítima. A jovem ficou aliviada com o surgimento do vídeo e repercutiu o conteúdo.
“Na delegacia, os policiais militares alegaram que os dois estavam no banco da frente. O vídeo contradiz o depoimento deles. Isto é citado no pedido de prisão preventiva”, afirma Benedito Domingos Mariano, da Ouvidoria da Polícia de SP.
O crime
A jovem de 19 anos voltava da festa de uma amiga quando perguntou a dois policiais onde encontrava um ponto de ônibus. “Eu estava vindo de outra cidade e tinha perdido o ponto de descida em São Vicente, onde moro. Então tive que descer em Praia Grande, por isso pedi ajuda”, contou.
Nesse momento, os policiais ofereceram carona até o Terminal Rodoviário Tude Bastos, na mesma cidade, afirmando que seria mais fácil para ela conseguir pegar um ônibus.
A vítima sentou no banco de trás da viatura e um dos policiais sentou ao seu lado. Com o carro em movimento, o PM começou a puxar seu cabelo para que ela o beijasse. Momentos depois, ele a estuprou.
Ao término do estupro, os policiais despacharam a jovem na rodoviária como se nada tivesse acontecido. A vítima estava em estado de choque e desceu do carro sem olhar para trás.
Ela afirma que o processo de recuperação está sendo a parte mais difícil. “Tinha muitas pessoas me julgando, falando coisas horríveis. Me apontaram como mentirosa e falaram que eu queria fama. Até compararam com outros casos”, desabafou a jovem vítima.
Da Redação com Pragmatismo Político

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