Juíza nega transferência de recuperação judicial do grupo Bezerra para Rondonópolis
A juíza Anglizey Solivan de Oliveira, titular da 1ª Vara Cível de Cuiabá, manteve processo de recuperação judicial do ex-governador Carlos Bezerra (MDB), sob competência da Comarca da Capital. Na decisão, publicada ontem (25), a magistrada desconsiderou a manifestação do advogado Diego Castro de Melo, que argumenta que a ação deveria ser processada em Rondonópolis (Sul de Mato Grosso).
Diego de Melo é um dos credores impactados pela decisão, que deferiu a recuperação judicial do Grupo Bezerra, composto pelo ex-governador e pela esposa dele, a secretária de Estado de Agricultura Familiar, Aparecida Maria Borges Bezerra, a Teté Bezerra.
No pedido, Diego Castro de Melo alegou que os recuperandos não apresentaram nenhum documento comprovando que os negócios do casal têm como sede uma sala comercial na avenida Historiador Rubens de Mendonça, a do CPA, em Cuiabá. No processo, Carlos e Tetê Bezerra afirmam que centralizaram a administração dos negócios rurais da família, na Capital.
O advogado, porém, argumenta que todo o arco comprobatório dos autos indica que, na verdade, a sede dos negócios do grupo Bezerra é a Fazenda São Carlos, localizada em Campo Verde (Sul de Mato Grosso).
Para o advogado, a juíza Anglizey Solivan de Oliveira, na decisão em que deferiu a recuperação judicial, omitiu-se acerca da competência para o processamento da ação. Nesse sentido, o advogado propôs embargos e pediu que fosse reconhecida a competência da 4ª Vara Cível de Rondonópolis.
Com HiperNotícias