Júri condena mandante do assassinato do marido e amante a 44 anos de prisão
A maquiadora Cleia Rosa dos Santos Bueno (37) foi condenada a 44 anos e nove meses de prisão, como mandante das mortes de seu marido, Jandirlei Alves Bueno (39), e posteriormente de seu amante, Adriano Gino (29) e ainda pela ocultação de cadáver do segundo, em sessão realizada pelo Tribunal do Júri de Sinop (MT), no período de 28 a 30 de julho, último.
Também Adriano dos Santos e José Graciliano dos Santos, foram condenados a 13 anos e seis meses e 16 anos, sete meses e 15 dias, respectivamente, como os executores dos crimes.
Os fatos
Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), o marido de Cleia Bueno foi morto em outubro de 2016, por Adriano Gino e outro indivíduo não identificado, com golpes de faca.
Em dezembro de 2017, também sob mando e pagamento pela sentenciada, Adriano dos Santos e José Graciliano dos Santos mataram seu amante, Adriano Gino, com golpes de enxada.
Cleia Rosa e Jandirlei enfrentavam uma crise conjugal e ela facilitou a entrada do amante em casa para assassinar o marido, simulando um latrocínio. O crime foi praticado por motivo fútil, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e meio cruel, citam os autos do processo.
Após, Cleia Rosa e Adriano Gino passaram a morar juntos. Porém, com o estremecimento da relação entre ambos, o amante passou a ameaçá-la em caso de separação, fazendo com que, decorrido algum tempo, ela decidisse também eliminar o amante.
Para tanto, Cleia Bueno dopou o companheiro e facilitou a entrada na residência a Adriano dos Santos e José Graciliano, que o mataram a golpes de faca, enquanto ele dormia.
Na sequência, o corpo da vítima foi enrolado em um edredom e levado até uma região de mata, ao qual os executores atearam fogo e enterraram em uma cova rasa, sendo encontrado após a prisão dos mesmos.