Júri condena médico de Rondonópolis a mais de 41 anos de prisão pela morte da namorada grávida

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Jurados consideraram Fernando culpado pela morte de Beatriz (Divulgação)

Jurados consideraram Fernando culpado pela morte de Beatriz
(Divulgação)

Em julgamento ontem (10), que durou cerca de dez horas, o médico Fernando Veríssimo de Carvalho, 30 anos, foi condenado a 41 anos e oito meses de reclusão, em regime fechado, pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado e aborto sem consentimento da vítima, Beatriz Nuala Soares Milano, 23 anos, sua namorada à época.
Marcado inicialmente para o dia 20 de setembro, o julgamento foi adiado porque seu advogado havia colocado o assistente de defesa, também como testemunha, o que não é permitido pela lei.
O crime aconteceu na noite do dia 23 de novembro de 2018, em Rondonópolis, e segundo os autos do processo, a vítima – grávida de cinco meses – foi encontrada morta na casa onde o casal morava, no Bairro Vila Aurora, tendo sofrido traumatismo craniano, causado por uma pancada na cabeça, conforme apontaram os laudos da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec).
Fuga
Dias após o crime, o médico fugiu para Ribeirão Preto (SP), onde se escondeu na casa dos pais, por quase 30 dias. Localizado por agentes policiais, Fernando Veríssimo de Carvalho foi recambiado para o Presídio da Mata Grande, em Rondonópolis, onde permaneceu aguardando julgamento.
O crime
O assassino acionou a Polícia Militar na manhã do dia 24 de novembro de 2018, afirmando que havia encontrado a mulher morta no quarto da casa onde moravam, a qual apresentava agressões na região da cabeça.
Em seu depoimento a Polícia Civil, o médico contou que o casal saiu para jantar na noite anterior e retornou para casa por volta de 23h e que, ao chegar em casa, a mulher foi para o quarto e ele permaneceu na sala, ingerindo bebida alcoólica. Fernando disse também que dormiu no sofá, acordando por volta de 3h, quando foi até o quarto do casal, encontrando Beatriz morta.
Conforme suas afirmações no depoimento ainda, somente os dois estavam na residência e que ninguém esteve na casa durante a madrugada.
À época, o médico deu entrevistas à Imprensa negando ser o autor do crime e afirmando que o casal vivia junto há 10 meses e que, na noite anterior, havia pedido Beatriz em casamento.
Da Redação com G1 MT

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