Líder de assalto no Paraguai é preso em Cascavel (vídeo)
Um homem de 46 anos preso na manhã de hoje, em Cascavel, no oeste do Paraná, é apontado como o líder da quadrilha que roubou cerca de R$ 120 milhões da transportadora de valores Prosegur na segunda-feira, 24, em Ciudad del Este, no Paraguai, segundo a Polícia Federal (PF).
Denúncia
O suspeito foi detido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Unidade Operacional Cascavel da PRF, na BR-277. Ele era passageiro de um ônibus que fazia a linha entre Foz do Iguaçu e Curitiba.
A PRF havia recebido uma denúncia anônima de que um passageiro suspeito, com as roupas sujas de lama, havia embarcado no veículo, na rodoviária de Cascavel. Com as roupas sujas e a bota molhada, ele tinha ainda vários arranhões pelo corpo.
Nervoso, o homem apresentou uma carteira de habilitação falsa aos policiais rodoviários federais.
Após descobrirem a sua verdadeira identidade, os agentes da PRF constataram que havia um mandado de prisão contra ele.
Com residência em São Bernardo do Campo (SP), o homem acabou por admitir participação no roubo em território paraguaio.
Dentro da lixeira do ônibus também foram apreendidos cerca de meio quilo de maconha e uma pequena porção de haxixe.
Operação conjunta
Até o início da tarde, 11 pessoas haviam sido presas durante a operação desencadeada em conjunto pelas Polícias Federal, Rodoviária Federal, Militar e Civil em toda região oeste do Paraná. Barreiras e blitze estão sendo feitas em rodovias para prender o restante da quadrilha. Helicópteros auxiliam nas buscas.
Reféns
O cerco aos assaltantes não evitou o pavor dos moradores. Durante a madrugada, um grupo de 11 trabalhadores que dormia em uma residência, no município de Santa Helena, a 120 quilômetros de Foz do Iguaçu, foi feito refém.
Os criminosos entraram na casa anunciando que eram da polícia, roubaram uma van e obrigaram todos a entrar no veículo. A van foi abandonada em uma comunidade chamada Sede Alvorada, na região de Toledo, e os trabalhadores, que estão em Santa Helena para reformar um silo, liberados.
Malotes apreendidos
Todos os presos até agora são de nacionalidade brasileira. A polícia não divulgou nomes. Os agentes ainda apreenderam cinco fuzis, quatro malotes com dinheiro nas moedas guarani, real e dólar, cujo total está sendo contabilizado, sete carros, dois barcos, sete quilos de explosivos, uma metralhadora calibre ponto 50 e coletes balísticos da PRF e da Polícia Civil.
Mansão
Em Ciudad del Este, agentes da Polícia Nacional do Paraguai identificaram uma mansão que provavelmente tenha sido usada pela quadrilha, como base antes do assalto. Quatro peritos da Polícia Federal e um papiloscopista trabalham em conjunto com a polícia paraguaia, em busca de vestígios biológicos e digitais.
“Pode acontecer de o criminoso ser abordado sem materialidade, mas se o DNA bater, ele pode estar vinculado ao local do crime”, explicou o delegado-chefe da PF, Fabiano Bordignon.
Os policiais já colheram DNA de cinco presos.
Segundo Bordignon, o crime exigiu planejamento e não foi feito por amadores. Um gabinete de gestão de crise foi montado na Delegacia da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, para centralizar as investigações que também tem apoio das Polícias Rodoviária Federal, Civil e Militar.
Com Estadão / O PR
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