Lúdio cobra agilidade na vacinação

0

Deputado quer agili dade na imunização (Angelo Varela/ALMT)

Deputado quer mais rapidez na imunização
(Angelo Varela/ALMT)

O deputado estadual e médico sanitarista Lúdio Cabral (PT) cobrou mais agilidade do governo mato-grossense no processo de vacinação contra a covid-19, durante a convocação do secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, na quinta-feira (11), ressaltando que, se essa média for mantida, o Estado levará três anos para imunizar os seus 3,5 milhões de habitantes.
O parlamentar tomou por base informações da Secretaria de Estado de Saúde (SES), que dão conta de que das 191 mil doses de vacina que chegaram até agora em Mato Grosso, apenas 68 mil foram aplicadas em 23 dias de vacinação.
“Vamos levar três anos para vacinar toda a população, se for mantido o ritmo atual. Em 2009, o Brasil vacinou 80 milhões de pessoas em 90 dias contra o H1N1. Olha a diferença entre o planejamento nacional feito naquela época e o que estamos vendo agora. Há um plano nacional com muitas lacunas, que é um desserviço à história do programa de imunização do Brasil, que sempre foi referência no mundo. Há outras questões que dizem respeito ao planejamento do Estado para avançar no processo de vacinação. Mato Grosso precisa evitar erros nas resoluções publicadas”, disse Lúdio.
Ele observou também que, para imunizar as 848 mil pessoas dos grupos prioritários, Mato Grosso levaria 9 meses, no ritmo atual. Fazem parte dos grupos prioritários os trabalhadores da saúde, indígenas aldeiados, idosos, doentes crônicos, entre outros. Lúdio destacou ainda a necessidade de rever alguns critérios de prioridade.
Revisão nas prioridades
Concordamos com o parlamentar petista, quanto à necessidade urgente de se rever as pessoas que estão tendo prioridade na imunização, como por exemplo, em relação aos trabalhadores da Saúde que não estão na linha de frente do combate à covid-19.
Lembra Lúdio, que esses trabalhadores têm risco muito baixo de exposição, sendo vacinados antes de grupos populacionais que têm problemas mais graves, como os deficientes físicos acamados que não estão institucionalizados, mas vivem com a família e são em número pequeno e deveriam ter sido vacinados prioritariamente. Ao invés disso, adultos jovens sem nenhuma doença de base, mas que têm formação na Saúde, estão sendo vacinados”, observou ele, não deixando de creditar essa “falha” à falta de vacinas em número suficiente, para imunizar a todos.
Segunda onda
Lúdio Cabral alertou que Mato Grosso tem um problema gravíssimo, que é a quarta maior taxa de mortalidade do Brasil, com alta mortalidade nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e quanto à necessidade da tomada de medidas mais duras de restrição de circulação para conter o avanço do coronavírus. “Enfrentamos um momento dramático, com risco de reaceleração da taxa de contágio. Já estamos no platô da segunda onda, com média de 1,3 mil casos novos todos os dias. E se as variantes genéticas novas circularem aqui em Mato Grosso, poderemos viver cenários tão graves, como Manaus viveu, recentemente”, concluiu.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *