Malhando em ferro frio
Ontem à noite, mais uma audiência pública foi realizada para se discutir a situação da Santa Casa de Rondonópolis, desta feita requerida pelo deputado estadual Delegado Claudinei (PSL), um dos representantes do município e da Região Sul, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).
Com dívidas acumuladas que ultrapassam R$ 24 milhões, a unidade hospitalar ameaça, mais uma vez – e isso parece ter se tornado rotina – fechar as portas para o atendimento ao SUS, administrado pelo Consórcio Regional de Saúde, formado por 19 municípios.
A alegação da administração da Santa Casa, é a de que esse montante aumentou em razão da gestão do ex-governador Pedro Taques (PSDB) não ter repassado recursos que colaboram para cobrir as despesas com médicos, servidores e fornecedores e que os valores pagos não cobrem, totalmente, os custos dos procedimentos médicos, exigindo a atualização da tabela praticada pelo SUS.
Mais uma vez, como frisamos em matéria anterior, o assunto movimenta as atenções de toda a classe política da região, sem que haja um efetivo e constante acompanhamento para se detectar onde possa estar a falha: no atraso dos repasses conveniados ou na aplicação incorreta dos recursos públicos, pela direção da unidade filantrópica de saúde, já que também a Prefeitura de Rondonópolis tem repassado, constantemente, recursos para cobrir despesas da instituição.
O que não se pode admitir, é que se coloque, sempre, os pacientes como “moeda de troca” e “bucha de canhão”, num assunto seríssimo e da maior gravidade.