MAPA autua 84 empresas por fraude no azeite de oliva
O consumidor brasileiro é, praticamente, lesado em tudo que consome ou adquire, dada à liberdade e facilidade que indústrias e empresas têm tido, para adulterarem ou falsificarem itens dos bens de consumo, comercializados no país.
Não bastasse uma infinidade de itens, que vai desde combustíveis, até alimentos básicos (como o café, o arroz e o feijão), também certos produtos não tão usuais na mesa das famílias, pelo custo e falta de hábito, passam por essa “transformação”, visando, gananciosamente, o lucro dos que as comercializam.
É o caso do azeite de oliva – que é importado e depois envasado por empresas brasileiras e onde se pratica a adulteração.
Esta semana, por exemplo, o Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA) retirou do mercado 800 mil litros de azeite de oliva impróprios para o consumo, com indícios de fraude, envolvendo 64 marcas e 84 empresas brasileiras. Foi confirmada a presença de azeite “lampante” (não refinado) e outros óleos, como a soja, não permitidos pela legislação.
Segundo a auditora fiscal federal agropecuária Fátima Parizzi, do total de amostras coletadas e encaminhadas ao Rio Grande do Sul para o Laboratório Nacional Agropecuário (LANAGRO), laboratório oficial do MAPA, 33 apresentaram “resultados conformes”, ou seja, estavam dentro dos padrões de qualidade estabelecidos pelo Ministério. Para o azeite de oliva, em 43 amostras, os exames laboratoriais resultaram “não conformes”, por se enquadrarem como ”fora do tipo”, ou ”desclassificado”.
Cuidado na compra de azeite
O Ministério orienta os consumidores a ficarem atentos à denominação de venda do produto descrito no rótulo frontal. O termo “azeite de oliva” aparece em destaque, mas em letras miúdas constam as expressões “óleo misto ou composto, temperos e molhos”. É preciso atentar para as promoções pois um frasco de azeite de oliva contendo 500 ml raramente será comercializado com preços inferiores a R$ 10,00.
As informações relativas à qualidade do azeite de oliva virgem devem constar na vista principal do rótulo, lembrando que poderá ser também virgem ou extra virgem. Para o azeite de oliva, quando descrito como um produto composto, devido a mistura de azeite de oliva virgem com o azeite de oliva refinado, deverá ter a informação qualitativa no rótulo de” tipo único”.
Orientação para o consumidor
Tabelas contendo 33 marcas de produtos conformes e 43 não conformes (destacadas em vermelho)
Da Redação com Coordenação-Geral de Comunicação Social MAPA
Gosto muito de azeite. Principalmente se for produzido na “terrinha de Joaquim”. Mas atenção! É preciso verificar se o produto é mesmo português. Para tanto, há uma dica infalível: É só observar a lata, se o bico de saída do produto estiver no fundo da lata, então é português mesmo!