Mato Grosso já registra surtos da síndrome “mão-pé-boca”
Dois municípios de Mato Grosso emitiram alertas, devido a registro de casos da síndrome “mão-pé-boca”, que possui alto contágio e atinge, principalmente, crianças com menos de 5 anos de idade.
Os surtos da doença, cujo nome científico é síndrome Coxsakie mas que, popularmente, tem esse nome porque causa lesões nessas partes do corpo das crianças infectadas, foram detectados entre outubro e novembro em Jaciara (20 casos) e em Primavera do Leste (76), ambas na região Sudeste do Estado.
Rondonópolis
Em Rondonópolis, o Departamento de Vigilância Epidemiológica da ecretaria Municipal de Saúde (SMS) realizou, recentemente, o rastreio de possíveis casos na cidade, mas nenhum foi notificado, até o momento.
Outros municípios da região vêm sendo foram monitorados, em razão de suspeita da existência de casos em seus limites.
A doença
Conforme a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a síndrome é causada por um vírus que provoca infecção no sistema digestivo e também o surgimento de estomatites, que afeta a mucosa da boca.
SINTOMAS
A doença mão-pé-boca se manifesta primeiro com febre, que antecede o aparecimento de lesões na boca, em forma de bolhas.
TRANSMISSÃO
O vírus da mão-pé-boca é transmitido por meio do contato próximo, gotículas, secreções, saliva e até fezes contaminadas. A pediatra Vanuza Chagas, da SBP, pontua que o pico de transmissão acontece na semana em que as lesões no corpo aparecem.
A doença facilmente se espalha em locais como creches e escolas, onde há muitas crianças. Um objeto que uma pessoa infectada encostou é um dos agentes de contaminação. DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da doença geralmente é clínico, ou seja, é feito pelo médico no consultório após examinar o paciente. A avaliação do médico é importante para saber os passos do tratamento, já que sintomas similares aos da mão-pé-boca podem ser encontrados também em outras doenças, como a catapora.
TRATAMENTO
Não há um tratamento específico para a síndrome mão-pé-boca. O que se faz em caso de infecção, de acordo com a médica Vanuza Chagas, é tratar os sintomas à medida que eles aparecem e incomodam a criança.
CURA
Na maioria dos casos, mesmo que não haja tratamento sintomático da doença, a mão-pé-boca se cura naturalmente assim como a evolução de diversos vírus.
Conforme a pediatra, a condição faz partes das chamadas doenças autolimitadas, pois não há remédio específico. O repouso e a hidratação são fatores benéficos nesses casos.
ALÍVIO DOS SINTOMAS
A pediatra Vanuza Chagas indica algumas formas, de aliviar os sintomas da doença mão-pé-boca:
-Aumentar a oferta de líquido, pois a doença causa desidratação por contas das lesões;
– Ingestão de alimentos de fácil mastigação, como pastosos e gelados;
– Caso a criança esteja mamando, aumentar a frequência da amamentação;
– Uso de pomadas, exceto as que possuem corticoide na composição;
A maioria dos casos da doença não são graves ou perigosos, pois se curam muitas vezes sozinhos e não evoluem para quadros mais sérios.
O que pode tornar a síndrome mais complicada de se lidar é a facilidade da transmissão.
DURAÇÃO
O tempo de duração da mão-pé-boca é entre 7 e 10 dias.
PREVENÇÃO
O Ministério da Saúde, por meio de informações reunidas pela Biblioteca Virtual com especialistas e entidades, elaborou uma lista de recomendações que podem prevenir a síndrome:
– Evitar, na medida do possível, o contato muito próximo com o paciente (como abraçar e beijar);
– Cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir;
– Manter um nível adequado de higienização da casa, das creches e das escolas;
– Não compartilhar mamadeiras, talheres ou copos;
– Lavar superfícies, objetos e brinquedos que possam entrar em contato com secreções e fezes dos indivíduos doentes com água e sabão e, depois, desinfetar com solução de água sanitária diluída em água pura (1 colher de sopa de água sanitária diluída em 4 copos de água limpa);
– Descartar adequadamente as fraldas e os lenços de limpeza, em latas de lixo fechadas.
Da Redação com TV Centro América e SBP