Médicos de MT estão próximos de ter de escolher “quem vive ou quem morre”
A dramática situação que está vivendo o Estado de Mato Grosso, diante do aumento acelerado de casos confirmados e de óbitos pelo coronavírus, conforme declarou na semana que passou a presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), Hildenete Monteiro Fortes, ao Jornal do Meio Dia, da TV Vila Real de Cuiabá, pode fazer com que os médicos tenham de fazer a chamada “Escolha de Sofia” – decidir entre os pacientes, quem têm mais condições de serem tratados e se curar e os que têm menos chances e, infelizmente, virão a óbito.
Leitos
A médica citou que irão faltar leitos com a progressão dos casos e óbitos e caso a população não faça a parte dela, os profissionais de saúde serão forçados a adotar essa metodologia extrema, que faz uso de duas alternativas, igualmente, insuportáveis.
Destacando que os hospitais particulares estão lotados e que o Estado dispõe de apenas de 31 leitos, a presidente do CRM-MT citou também que há unidades em que faltam respiradores, aspiradores, bomba de efusão, ventilador, sonda e recursos humanos, fazendo com que os médicos fiscais da entidade fizessem um indicativo de interdição de alguns leitos, onde faltam equipamentos para que os pacientes possam, realmente, ser atendidos, “ ou até a interdição de todo pronto-socorro, especialmente das UTIs, se elas não estiverem em condições de atender”.
Medidas restrititivas
A presidente do conselho adiantou também que já foi emitida uma nota orientando sobre a necessidade real do isolamento social e não abertura do comércio em algumas cidades, consideradas de alto risco. “Se não houver o isolamento e a população não obedecer às medidas restritivas, não teremos leitos suficientes e teremos, realmente, que fazer a “Escolha de Sofia”, pontuou ela.
Falta de medicamentos
Ao fatídico alerta do CRM-MT, junta-se a denúncia do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), feita igualmente na semana, que no país já há falta de medicamentos usados no tratamento do Covid-19, sendo que em Mato Grosso dos 22 remédios, 13 estão em falta (sedativos, anestésicos e bloqueadores neuromusculares) e que são usados na intubação de pacientes em estado mais grave.
Rondonópolis
O blog manteve contato com um dos médicos que fazem parte do contingente local de profissionais de Saúde que atua na frente de atendimento a contaminados pelo coronavírus, o qual nos informou que nas unidades públicas e privadas de Rondonópolis, antibióticos (como a estromicina, por exemplo) e anestésicos (como o midazolam e o fentanil), usados na intubação (ventilação mecânica), estão com os estoques quase esgotados.
O profissional reforça o alerta da presidente do CRM-MT, de que a população tem de fazer a sua parte, “para que não tenhamos que chegar ao extremo, de ter que usar as alternativas da “Escolha de Sofia”.
O blog lembra que Rondonópolis registrou até ontem, 1.333 casos confirmados e 47 óbitos por coronavírus e que no Estado os registros apontaram a ocorrência de 14.128 casos confirmados e 533 óbitos.
Além disso, segundo a Secretaria de Estado da Saúde(SES-MT), quase 100 profissionais (entre médicos, enfermeiros e auxiliares) que atuam nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) dos hospitais das redes pública e privada e que atendem casos de coronavírus, estão afastados das funções e não podem atuar na linha de frente do combate à pandemia, em razão da idade, doenças prévias, as chamadas comorbidades agravadoras da Covid-19, como diabetes e hipertensão, e também porque os profissionais acabam contaminados pela doença durante o exercício da função e devem ficar em isolamento, além de profissionais que já vieram a óbito por contaminação pelo coronavírus.
Deus cuido de mim e minha família nos ESTAMOS BEM graças a deus ESTAMOS cumprindo o isolamento estamos SE CUIDANDO mais 80%da população ta NEM aí com este vírus DEUS ABENÇOE CADA UM DE NÓS…..ÁMEM
Na minha opinião, os que mais tem culpa são as pessoas que não cumprem os seus deveres de isolamento social, distanciamento, o uso de máscaras e como a higienização das mãos e outros,em fim,cuidando no máximo. Se cada um fizesse a sua parte, com certeza diminuiria os casos de doenças graves.