Ministério da Saúde amplia oferta de seis vacinas, em 2017

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Bolsonaro quer reduzir recursos das vacinas (Leandro Osório)

(Foto: Leandro Osório/Palácio Piratini)

O Ministério da Saúde(MS) apresentou em coletiva de imprensa na manhã de hoje, mudanças no Calendário Nacional de Vacinação (CNV) de 2017, com alterações de vacinas nas faixas etárias (crianças, adolescentes e adultos). Seis das 19 vacinas oferecidas, recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e disponibilizadas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), tiveram oferta ampliada: tríplice viral, tetra viral, dTpa adulto, HPV, Meningocócica C e hepatite A.
As alterações, conforme o ministério, visam aumentar a proteção das crianças e ampliar a imunidade dos adolescentes, bem como manter a eliminação do sarampo e da rubéola e diminuir casos de caxumba e coqueluche em adultos. A expectativa do MS,  é combater mais efetivamente estas doenças e impedir a reincidência delas.
Calendário de vacinação
No caso da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), a mudança no calendário considera a situação epidemiológica da caxumba nos últimos anos. Duas doses contra sarampo, caxumba e rubéola passam a ser disponibilizadas para pessoas de 12 meses até 29 anos de idade. Anteriormente, a segunda dose era aplicada apenas em pessoas com até 19 anos. Já para os adultos de 30 a 49 anos, será administrada apenas uma dose de tríplice viral.
Especificamente para as crianças, ocorreu mudança no que se refere à ampliação da oferta da vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela), que passa a ser administrada de 15 meses até 4 anos. A recomendação é que a primeira dose da tríplice viral seja aplicada aos 12 meses de vida, e a segunda aos 15 meses, com a dose de varicela (tetra viral). Segundo ministério, em países que adotaram esquema de uma dose contra varicela, houve queda acentuada do número total de casos da doença.
Já a vacina dTpa (difteria, tétano e coqueluche) tipo adulto agora é recomendada para gestantes a partir da 20ª semana de gestação. As mulheres que não foram vacinadas com a dTpa adulto na gestação devem receber uma dose no puerpério (até 40 dias após o parto), o mais precoce possível. O ministério destaca que a vacina dTpa na gestação busca garantir que os bebês nasçam protegidos contra a coqueluche.
Neste ano também estará disponível a vacina contra HPV para meninos, de 12 e 13 anos, e para meninas de 14 anos – desde 2014, a dose é oferecida a meninas de 9 a 13 anos. Tal vacina também passa a ser oferecida para homens vivendo com HIV e aids entre 9 e 26 anos de idade, e para imunodeprimidos. As mulheres (9 e 26 anos) que vivem com HIV/Aids já recebem a vacina contra o HPV desde 2015.
A vacina meningocócica C (conjugada) também passa a ser disponibilizada para adolescentes de 12 a 13 anos. A faixa etária será ampliada, gradativamente, até 2010, para crianças e adolescentes de 9 a 13 anos. O esquema vacinal será de um reforço ou uma dose única, conforme situação vacinal. A meta da ampliação da vacina contra meningite C é atingir 80% do público-alvo, formado por 7,2 milhões de adolescentes.
Por último, a vacina da hepatite A passa a ser disponibilizada para crianças até 5 anos de idade. Antes, a idade máxima era de até 2 anos. A vacina, segundo o ministério, é considerada altamente eficaz, com taxas de soro-conversão de 94% a 100%.
Com Correio do Povo

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