Ministro do TCU, que condenou Dilma, é acusado de receber 1 milhão

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Antônio Nardes, ministro do TCU (Foto: Internet)

João Augusto Nardes, ministro do TCU
(Foto: Internet)

Segundo o jornal Folha de São Paulo, o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União), João Augusto Nardes, responsável por condenar as contas de Dilma Rousseff e escancarar as portas para o processo de impeachment, foi acusado em delação premiada pelo ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, de ter recebido propina.
Duque, que está preso em Curitiba, disse que Nardes recebeu R$ 1 milhão, entre 2011 e 2012, para não criar empecilhos em procedimentos contratuais de uma plataforma da estatal petrolífera.
Em anexo que integra a proposta de acordo, Duque relata, segundo a Folha de São Paulo apurou com pessoas ligadas à investigação, que se reuniu com Nardes em um jantar na casa do ministro, para acertar o pagamento. No encontro, chegaram ao montante de R$ 1 milhão, que corresponderia a um percentual do contrato.
Os valores, segundo o ex-diretor da Petrobras, foram repassados por Pedro Barusco, na época gerente de Serviços da estatal e braço direito de Duque.
Em 2005, quando Nardes foi nomeado para o TCU, foi destruído um recibo que comprovava o pagamento da propina para não “prejudicar sua nomeação”, segundo Corrêa.
Nardes em Rondonópolis
Em abril de 2014, João Augusto Nardes, então presidente do TCU, aceitando convite do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) do campus de Rondonópolis da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), ministrou uma palestra sobre Governança, cujo objetivo era o de aproximar alunos, professores e autoridades da região do tema, principalmente no que diz respeito à governança no serviço público.
Ironicamente, durante a palestra João Augusto Nardes alertou para a falta de planejamento em vários setores do Brasil e disse que a falta de governança, incentivava a corrupção no país.
Caso se comprovem as acusações de Renato Duque contra Nardes, cabe muito bem citar o adágio popular “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”, não? 
Com Revista Fórum e Folha de SP

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