Morte de casal: assassinos usaram de requintes extremos de crueldade
O desenlace do hediondo crime praticado contra um casal em Camaçari (BA), vem chocando a opinião pública baiana e de todo o país, pelos requintes de crueldade utilizados pelos assassinos Daniel Neves Santos Filho e Carlos Alberto Neres Júnior e dos três menores com idade de 13, 14 e 16 anos.
A delegada Maria Tereza dos Santos, titular da 4ª Delegacia de Homicídios (DH) de Camaçari, que cuida do caso, afirmou que tudo leva a crer que também houve canibalismo nas mortes de Juvenal Amaral Neto (57) e Kelly Cristina Silva dos Santos (44), ocorridas no dia 5 deste mês, naquela cidade baiana, localizada na região metropolitana de Salvador.
Crueldade extrema
De acordo com a delegada, o perito legal e o médico legista, que participaram do inquérito, descobriram que Kelly teve o braço amputado quando ainda estava viva. “Ela foi queimada fora da cova e órgãos da região pélvica não foram achados. Eles também retiraram a mandíbula. A gente chegou a pensar que foi ‘magia negra’, mas tudo leva a crer que eles praticaram canibalismo”, reforçou a delegada.
Juvenal também sofreu tortura, disse a policial, revelando que os indiciados retiraram parte do tecido das costas, quando ele ainda estava vivo. “Ele sofreu menos que a mulher, mas também sofreu”, informou. Maria Tereza define o caso como uma “barbárie”.
Após invadir a casa e manter o casal em cárcere privado, os cinco envolvidos estupraram a mulher e, na sequência, torturaram os dois com golpes de faca. Ainda segundo Maria Tereza, no sábado (6), Carlos enforcou as vítimas.
Na madrugada de domingo (7), o grupo enterrou os corpos do casal, no fundo da residência.
Frieza
Durante os interrogatórios, a delegada disse que a dupla de adultos presa foi fria. Segundo ela, os envolvidos não demonstraram arrependimento em nenhum momento. “Eles são cruéis e todos assumem que estupraram a mulher”, relatou.
Os acusados disseram ter usado cocaína, enquanto praticavam os crimes.
Os corpos foram descobertos na tarde do dia 9, após vizinhos acharem estranha a movimentação na casa e denunciar o caso à polícia.
O caso
O grupo invadiu a residência do casal, no bairro Santo Antônio, no dia 5, e teria passado a extorquir as vítimas por conta de uma quantia de R$ 70 mil, que Juvenal teria recebido como indenização.
Daniel Filho e Carlos Alberto Júnior foram capturados no dia 09 e enquadrados nos crimes de estupro, homicídio, cárcere privado, ocultação de cadáver e porte ilegal de arma, além de prática de canibalismo. No mesmo dia, foram transferidos para o Centro de Observação Penal (COP) da Mata Escura, da capital, Salvador.
Para os três menores, a delegada pediu internação por três anos.
Da Redação com Correio da Bahia