Mortes por dengue no Brasil triplicam em relação ao ano passado
Conforme o Ministério da Saúde, os casos de dengue no país triplicaram este ano, que mesmo em período de seca, registraram um aumento de quase 190%, em relação a 2021.
Pelo relatório do ministério, as cidades com mais registros são Brasília (62.265 casos), Goiânia (49.675 casos) e Joinville (21.365 casos).
Enquanto no ano passado a dengue matou 246 pessoas, este ano a doença já fez 854 vítimas. Outras 277 mortes, estão em investigação.
“Nós não temos uma medicação, que mate o vírus da dengue. Então, toda dengue preocupa sim. O paciente deve procurar assistência de saúde mais próxima de sua residência e essa assistência médica, não deve ser banalizada. Dengue é uma virose que continua muito grave, podendo levar qualquer paciente infectado a óbito”, explicou Christiane Kobal, presidente da Sociedade Goiana de Infectologia.
Transmissão e sintomas
A dengue é uma infecção viral, transmitida pela espécie fêmea do mosquito Aedes aegypti, que na forma clássica apresenta sintomas como febre alta já de imediato, com temperaturas acima de 38,5ºC, dores intensas de cabeça, nos olhos e nos músculos do corpo inteiro. Em metade dos casos, manchas avermelhadas pelo corpo surgem em torno do 4º dia da infecção. São sintomas comuns também calafrios, náuseas e vômitos. Existem quatro vírus que podem ser causadores da infecção: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.
Pacientes que já contraíram algum dos vírus, em caso de nova infecção, podem desenvolver uma forma mais grave da doença, chamada dengue hemorrágica, que além dos sintomas comum serem mais intensos, podem apresentar complicações mais sérias, como a temperatura corporal abaixa depois do 3º ou 4º dia, dor severa na região abdominal, vômito persistente e com sangue, respiração acelerada, sangramento das gengivas, fadiga e inquietação. Por conta dos sangramentos, da dificuldade na respiração e do comprometimento dos órgãos, casos de Dengue Hemorrágica podem ser fatais, principalmente de 24h a 48h após o estágio mais crítico.
Prevenção
A melhor forma de se prevenir contra a doença, é o combate e eliminação ao mosquito transmissor, o Aedes aegypti, que se prolifera ao depositar seus ovos em locais com água parada, como pneus, garrafas, vasos de plantas, bebedouros e caixas d’água. Diferente do que se acredita, o Aedes não se reproduz apenas em água limpa, já que se adaptou ao ambiente urbano, à poluição da água e a recipientes artificiais. Por isso, o recomendado é não deixar água parada em nenhum local e contribuir com a conscientização coletiva de inspeção de focos de proliferação em casas e quintais, locais públicos e terrenos baldios.
Assim como outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como a chikungunya e o zika vírus, a dengue não possui vacina e nenhum medicamento ou tratamento específico.
Ao identificar qualquer um dos sintomas, um médico deve ser consultado.
Da Redação com Jornal Hoje