Mortes por homofobia no Brasil, bateram recorde em 2017

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(Ilustrativa)

(Ilustrativa)

Segundo levantamento do Grupo Gay da Bahia (GGB), no ano passado foram mortos no país, por homofobia, 445 lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTs), representando uma vítima a cada 19 horas.
O monitoramento anual começou a ser elaborado pela entidade, há 38 anos.
Os dados de 2017, divulgados na quinta-feira da semana passada, representam um aumento de 30% em relação a 2016, quando foram registrados 343 casos.
Em 2015 foram 319 LGBTs assassinados, contra 320 em 2014 e 314 em 2013. O saldo de crimes violentos contra essa população em 2017 é três vezes maior do que o observado há 10 anos, quando foram identificados 142 casos.
Violação
Também na quinta-feira, a organização não governamental Human Rights divulgou um relatório a respeito da violação dos direitos humanos no Brasil. O documento destaca que a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos recebeu 725 denúncias de violência, discriminação e outros abusos contra a população LGBT somente no primeiro semestre de 2017.
Em relação à maneira como eles foram mortos, 136 episódios envolveram o uso de armas de fogo, 111 foram com armas brancas, 58 foram suicídios, 32 ocorreram após espancamento e 22 foram mortos por asfixia. Há ainda registro de violências como o apedrejamento, degolamento e desfiguração do rosto.
Quanto ao local, 56% dos episódios ocorreram em vias públicas e 37% dentro da casa da vítima. Segundo o GGB, a prática mais comum com travestis é o assassinato na rua a tiros ou por espancamento. Já gays em geral são esfaqueados ou asfixiados dentro de suas residências.
Distribuição regional
O estado com maior registro de crimes de ódio contra a população LGBT foi São Paulo (59), seguido de Minas Gerais (43), Bahia (35), Ceará (30), Rio de Janeiro (29), Pernambuco (27) e Paraná e Alagoas (23). Entre as regiões, a maior média foi identificada no Norte (3,23 por milhão de habitantes), seguido por Centro-Oeste (2,71) e Nordeste (2,58).
E para piorar a situação ainda mais, há candidato a Presidente que incita a violência entre os seus seguidores, contra as minorias.
Triste realidade, para uma sociedade que se diz democrática!
Da Redação com Agência Brasil

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