MT já registra 17 casos de Febre Oropouche; outros 40 são investigados

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Mosquito-pólvora (Fiocruz)

Mosquito-pólvora
(Fiocruz)

De acordo com o Painel Epidemiológico do Ministério da Saúde, Mato Grosso registrou um total de 17 casos de Febre Oropouche este ano, sendo dez em mulheres com idade entre 15 a 59 anos, sete entre homens com idade de 15 a 79 anos, além da investigação de outros 40 casos.
A doença viral é causada pelo mosquito Culicoides paraensis, conhecido como mosquito-pólvora, porvinha, ou maruim, com cerca de 1,5 mm, podendo atingir 3 mm, com picada muito dolorosa. Também é considerada uma arbovirose, assim como a dengue e a chikungunya, com as quais os sintomas se assemelham.
Sintomas
O quadro clínico agudo pode evoluir com febre de início súbito, dor de cabeça, dor muscular e dor articular. Outros sintomas, como tontura, dor atrás do olhos, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos também são relatados.
Casos mais graves podem incluir o acometimento do sistema nervoso central, como por meningoencefalite, especialmente em pacientes imunocomprometidos. Ainda há relatos de manifestações hemorrágicas. Parte dos pacientes (estudos relatam até 60%) pode apresentar recidiva, com manifestação dos mesmos sintomas ou apenas febre, cefaleia e mialgia após uma a duas semanas a partir das manifestações iniciais.
O Ministério da Saúde recomenda que no caso do aparecimento de sintomas, a pessoa deve procurar uma unidade de Saúde.
Prevenção
O Ministério da Saúde emitiu uma nota técnica com recomendações de prevenção à doença, entre elas evitar áreas onde haja a incidência de muitos mosquitos, se possível, e usar telas de malha fina em portas e janelas; usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele; manter a casa limpa, incluindo a limpeza de terrenos e de locais de criação de animais, e o recolhimento de folhas e frutos que caem no solo.
Segundo a entolomologista da Fiocruz, Maria Clara Alves Santarém,  a fêmea do inseto procura locais com bastante matéria orgânica e umidade para depositar seus ovos. Nas florestas, troncos de árvore em decomposição, cascas de frutas caídas no chão, bromélias, beiras de riachos, folhagem do solo são os locais preferenciais. Nos bananais, ela deposita os ovos no cepo da bananeira, parte do caule que fica quando a árvore é cortada para colheita da banana. Na área urbana, ela pode colocar ovos no quintal, se houver qualquer tipo de matéria orgânica acumulada no chão.
Clique AQUI e acesse a lista de todas recomendações.
País
Em termos de Brasil, segundo o Ministério da Saúde, este ano já foram confirmados 7.848 casos em 21 Estados, representando alta de 800%, em comparação a 2023, quando foram registrados 831 casos.
Recentemente, foram confirmadas as duas primeiras mortes causadas pela doença e um óbito fetal causado por transmissão vertical do vírus (quando o patógeno passa da mãe para o feto, durante a gestação).
Oito casos de transmissão vertical estão em investigação, incluindo ocorrências de morte fetal e malformações congênitas, como microcefalia.
O público masculino lidera os casos, com mais de quatro mil, com o Estado do Amazonas estando à frente no ranking de registros com 3.230 casos, seguido por Rondônia, com 1.710 casos e Bahia, com 886 confirmações.
Da Redação com HiperNotícias/Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz

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