MT: servidores do IBGE são penalizados por desvio de R$ 1, 3 mi

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(Foto: Internet)

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Oito servidores do IBGE em Mato Grosso (Devaldo Benedito de Souza, Alcy Silva, Carlos Antonio Neto Santos, Domingos da Costa e Silva, Ivan da Silva Maia, Juber Alexandrino Leite, Manoel Nilson Ribeiro e Ricarco Rizzo Correia Galvão) , sofreram penalidades disciplinares aplicadas pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, com a colaboração do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU). Com isso, o então chefe da unidade estadual, que exerceu o cargo por mais de 30 anos, foi demitido, duas pessoas sofreram cassação de aposentadoria e cinco foram suspensas de 30 a 90 dias.
As punições são resultado de um processo administrativo disciplinar (PAD), aberto pelo IBGE, conforme determina a Lei nº 8.112/1990, que garantiu aos envolvidos o direito à ampla defesa e ao contraditório. A decisão está publicada na edição do Diário Oficial da União do dia 1º de novembro. Na Justiça Federal, os servidores respondem pelos crimes de peculato e associação criminosa.
Operação Dr Lao
O PAD foi instaurado após a deflagração da Operação Dr. Lao, em abril de 2014. O Ministério da Transparência, em parceria com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF), desarticulou a organização criminosa especializada em desviar recursos públicos, por meio do uso irregular de cartões corporativos.
Segundo os autos, os oito servidores foram investigados em 241 processos administrativos de prestação de contas. Devaldo, chefe do IBGE-MT, era quem autorizava as concessões, liberações e prestação de contas fictícias. Ivan era responsável pela documentação inidônea na prestação de contas. Os outros investigados se beneficiavam pelo uso do Cartão de Pagamento do Governo Federal.
As investigações demonstraram que o grupo movimentou quase R$ 1,3 milhão a partir de prestações de contas fraudulentas, saques irregulares, recibos inidôneos, dados de veículos incompatíveis com a base de dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e notas fiscais frias.
A atuação conjunta também gerou benefícios financeiros aos cofres públicos. Em 2013, ano anterior à operação, o IBGE no Estado consumia R$ 538 mil com cartões corporativos. Em 2015, o gasto foi de R$ 119 mil, uma redução de 80%. Em 2016, até o momento, o gasto aponta R$ 93 mil. Esses valores podem ser consultados no Portal da Transparência do governo federal.
Com Assessoria

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