Governo atual já liberou mais de 165 agrotóxicos

Governo atual já liberou mais de 165 agrotóxicos

Como acontece na maioria dos países, no Brasil – ao invés de se comemorar avanços – há muito a se lamentar hoje, Dia Mundial do Meio Ambiente.
Em termos de Brasil – considerado o país que mais utiliza agrotóxicos no mundo – o governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro está fazendo o caminho inverso e destruindo todos os avanços, não somente no campo sócioeconômico e educacional, mas também, e perigosamente, no tocante a preservação ambiental. E, por conseguinte, deteriorando ainda mais, a já combalida saúde da população.
Desde que assumiu, Bolsonaro já autorizou a comercialização de 197 agrotóxicos, cuja produção e venda da maioria deles é proibida em outros países, por conterem como princípios ativos o paraquate, a atrazina e o acefato, que ironicamente são as três substâncias mais vendidas em nosso país, tendo sido lançadas em 2017 nas lavouras brasileiras, mais de 60 mil toneladas de produtos contendo esses químicos.
Esses pesticidas estão associados a casos de câncer, danos genéticos e suicídios e presentes em alimentos cotidianos do brasileiro, como café, arroz, feijão, batata, maçã, banana e até no caldo de cana, além da contaminação das bacias hidrográficas brasileiras.
Mesmo altamente nociva à saúde humana, a liberação cada vez mais frequente dos agrotóxicos é bandeira defendida pela ministra de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, eleita deputada federal no ano passado e indicada para o cargo no governo federal pela Bancada Ruralista do Congresso, da qual era membro ativo.
Especificamente, como exemplo, citamos a zona rural de Rondonópolis, em que casos de câncer de boca vêm sendo registrados, com agricultores apresentando a destruição do palato (mais conhecido como céu da boca) que liga a cavidade oral à cavidade nasal, pelo uso de pesticidas nas lavouras da região, além da contaminação dos rios.
Resta saber para quem irão vender os produtos envenenados pelos agrotóxicos, se dessa forma a população irá adoecer e perecer, com o agravante do sucateamento também da saúde pública.

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