Mulher interrompe gestação de 6 meses e marido joga bebê no lixo
Uma mulher de 42 anos foi internada em estado grave, ontem (05), após interromper propositalmente uma gestação de 6 meses, em Lucas do Rio Verde (MT). O marido dela, de 51 anos, foi preso por ter jogado o feto, de quase 1,5 kg, dentro de um contêiner de lixo.
O homem foi preso em flagrante por aborto qualificado, mas se os exames de necrópsia comprovarem que a criança estava viva quando foi jogada, o crime passa a ser investigado como homicídio.
Conforme a Polícia Civil, a mulher deu entrada no Hospital São Lucas com uma forte hemorragia. Ela estava acompanhada do marido.
Depois de examinada, os médicos confirmaram que o caso se tratava de um aborto de uma gestação de 26 semanas. O cordão umbilical do bebê havia sido cortado e parte dele ainda estava dentro da mãe.
Inicialmente, o pai negou a existência da criança, mas acabou cedendo e confessando que a havia jogado no lixo. Ele voltou ao local, buscou a sacola e a entregou na unidade de saúde.
Assim que constatada a situação, o Núcleo de Atendimento à Criança, Adolescente, Idoso e à Mulher foi acionado. O delegado Eugenio Rudy Jr. é quem está a frente do caso.
Dois filhos da mulher, de 17 e 19 anos, foram ouvidos pela Polícia, que reuniu indícios de autoria e materialidade do crime.
“Quando a criança estava dentro da sacola, antes de ser colocada no lixo, ela se mexeu. Houve movimento por parte dessa criança, o que nos leva a crer que realmente estava viva”, afirmou o delegado ao site Cenário MT.
“Sendo comprovado pela perícia, sairemos do crime de aborto, que é o crime que estou imputando, para o crime de homicídio. Então é um fato gravíssimo”, acrescentou.
A mulher não pode ser ouvida, diante do estado grave em que se encontra. Ela passou por cirurgia, para conter a hemorragia decorrente do aborto.
O corpo do bebê foi encaminhado para exame de necropsia.
O homem negou em depoimento que tenha realizado o aborto, mas diante das provas foi autuado em flagrante e será apresentado em audiência de custódia da Justiça, hoje quarta-feira.
Fonte: MídiaNews