Não desiste
Depois de ter a posse impedida por várias determinações judiciais, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) contestou ontem no Supremo Tribunal Federal (STF), a suspensão da posse dela como ministra do Trabalho, determinada no último dia 22 pela ministra Cármen Lúcia, que respondia pelo plantão da Corte.
Na contestação enviada ao STF, a defesa de Cristiane Brasil nega que as condenações por dívidas trabalhistas a inviabilizem de assumir o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Os advogados de Cristiane também defendem que a competência para decidir sobre o caso, é do STJ, chamando as ações para impedir sua posse de “oportunistas e cavilosas”.
Membros do Movimento dos Advogados Trabalhistas Independentes (MATI), que deram entrada a uma ação popular no STF no dia 20 contra a nomeação, reforçam que ela não tem expertise na área ou experiência política para assumir o cargo, principalmente pelo fato de pesar contra ela “fatos desabonadores”, em referência às condenações trabalhistas.
Está a cargo da ministra Cármen Lúcia, a decisão novamente sobre o caso, se de forma individual ou deixar a decisão definitiva para o plenário do STF.
A teimosia de Cristiane- apoiada pela Advocacia Geral da União (AGU)- além de inoportuna e imoral, deixa claro que os que tem tentado por vias indiretas alcançar seus intentos, acreditam que possam se beneficiar de “apadrinhamento” nas instância superiores da Justiça, como já se tornou praxe neste País.
Muitos políticos do PTB, partido a que pertence Cristiane e que é comandado nacionalmente por seu pai, Roberto Jefferson, já estão deixando a sigla, revoltados por suas aparições na mídia, como o vídeo que ela fez circular em redes sociais, no último domingo, em que aparece junto a quatro caras bombados, em um barco, defendendo sua nomeação.
Olha, estamos vivendo um período de desmandos governamentais. O Temer não possui “desconfiômetro”. Essa senhora deputada extrapolou. Naquele vídeo lá do barco, usou um linguajar paupérrimo para se expressar. Mais, ao dizer que: “… na justiça pode pedir qualquer coisa”, essa imbecil forçou a barra. Deu a entender que na Justiça do Trabalho é um festival de pedidos absurdos. Esqueceu a infeliz que, com a reforma da legislação trabalhista,é arriscado pedir verbas que são indevidas. O reclamante pode arcar com pesadas sucumbências. Mas cá entre nós, com aqueles “quatros” lá me admira que ainda estava conseguindo falar.