Não embarca em canoa furada
Apesar de ter tido seu nome cogitado, no início deste mês, pelo jornal Valor Econômico para ser o líder do governo Bolsonaro no Senado, o senador Wellington Fagundes (PR), afirmou que sequer foi consultado sobre isso, acrescentando que sua atenção é a de estruturar o bloco parlamentar Vanguarda – grupo em que participam senadores do PR, do PSC e do Democratas e do qual ele deve ser líder.
“Minha prioridade neste momento é estruturar o bloco parlamentar Vanguarda, do qual participa também o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP) e que através do qual queremos estar à frente dos debates de grande interesse do povo brasileiro”, disse o senador.
Três nomes vem sendo analisados pelo Palácio do Planalto, para a empreitada: Roberto Rocha e Izalci Lucas, do PSDB, e Fernando Bezerra, do MDB.
Wellington Fagundes – por ter ainda mais quatro anos de mandato – é o único remanescente dos senadores rondonopolitanos, já que Blairo Maggi (PP) não se candidatou à reeleição e José Antônio Medeiros (Podemos), o do imbróglio da ata de suplentes, se elegeu deputado federal, nas eleições do ano passado.
Wellington apesar de poder vir a ter um canal direto com Jair Bolsonaro, por respaldo de Davi Alcolumbre (DEM), tem bagagem e visão política suficiente para se manter nos bastidores do Poder, como aconteceu na reeleição de Dilma Roussef (PT), em que ele comandou a campanha da petista em Mato Grosso.
Inclusive, Wellington Fagundes teve participação significativa na efetivação da criação da Universidade de Rondonópolis (UFR, em maio de 2016, na gestão de Dilma Roussef e que era aguardada, há anos, pela comunidade acadêmica local e regional.