Nininho nega ao STF ser dono da Morro da Mesa
Acusado pelo ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB) na delação feita à Procuradoria Geral da República (PGR) de ter pago R$ 7 milhões de propina para que fosse autorizada a concessão e a cobrança de pedágio em duas praças na MT-130 – localizadas em um trecho de 111 km, entre Rondonópolis a Primavera do Leste – o deputado estadual Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD) se adiantou e foi o primeiro citado na delação, a prestar informações ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A defesa do parlamentar enviou no dia 1º deste mês, documentos da Concessionária de Rodovias Morro da Mesa S/A, visando informar àquela Corte, que ele não teria nenhum vínculo com a empresa.
Inverídicas
Nininho afirma que os documentos provam que ele nunca teve vínculo com a empresa que administra a rodovia e que as afirmações de Silval, são inverídicas.
Na delação, Silval Barbosa cita que parte da propina de R$ 7 milhões, teria sido paga pela Construtora Tripolo Ltda– de propriedade de um filho do deputado.
A culpabilidade ou não do deputado estadual cabe ser analisada pelo Supremo, bem como o fato de Nininho ter ou não a ver com a empresa Morro da Mesa. E de quebra, com a Tripolo.
No “frigir os ovos”, mesmo não sendo dono, o deputado fica na “saia justa”, em razão das duas empresas participantes do “imbróglio”, a Morro da Mesa e a Tripolo, serem de seu filho.
E aí sim, ficaria comprovado, mesmo que indiretamente, o vínculo.