Normalização da violência

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Tenente BM Iadora Ledur (Rogério Florentino Pereira)

Tenente BM Iadora Ledur
(Rogério Florentino Pereira)

Para o assistente de acusação e advogado Júlio César Lopes – que atua pelos pais do aluno Rodrigo Claro, morto durante um curso de Formação de Bombeiro, no dia 10 de novembro de 2016, ministrado na Lagoa Trevisan, em Cuiabá – a estratégia da ré, a tenente bombeiro militar Isadora Ledur, é tentar normalizar a violência, supostamente exercida durante o trágico treinamento.
A afirmação do advogado se deu, após Ledur prestar depoimento no dia 13 último, quando a acusada afirmou que aplicou procedimentos como nada resistido e “caldos”, aguardando uma resposta positiva do aluno, mas que o descontrole emocional da vítima teria prejudicado o planejamento. “É totalmente sem nexo. Se você for analisar, não se passa por isso. Você não ajuda alguém a salvar uma vida matando a pessoa. Fazendo a pessoa sofrer. Se a pessoa não sabe nadar, o primeiro passo é ensinar a nadar. Se ele não consegue fazer o salvamento, vai passar por uma outra fase. Ouve um tratamento exagerado”, frisou Júlio César Lopes.
Segundo o Ministério Público, apesar de apresentar excelente condicionamento físico, Rodrigo Claro (com 20 anos, à época) demonstrou dificuldades para desenvolver atividades como flutuação, nado livre, entre outros exercícios. Embora o problema tenha chamado a atenção de todos, os responsáveis pelo treinamento, segundo o Ministério Público, não só ignoraram a situação como utilizaram métodos reprováveis para aplicar “castigos”.
Diante da intensidade do treinamento, Rodrigo Claro se sentiu mal e veio a óbito decorrente de uma hemorragia cerebral.
Da Redação com Olhar Jurídico

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