“O Brasil está mudando”
Após a eleição no sábado (02), de Davi Alcolumbre (DEM- AP) para presidir o Senado Federal, o procurador da República e coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol – o cara do Power Point contra Lula – celebrou efusivamente o fato, postando em suas contas no Facebook e no Twitter, que o Brasil está mudando.
A “comemoração” do membro do MPF, “fez vistas grossas” ao fato de Davi Alcolumbre ser acusado de crimes eleitorais, contra a fé pública e uso de documentos falsos na prestação de contas da campanha de 2014, em processos que correm no Supremo Tribunal Federal (STF), além dele ter gasto mais de R$ 1,7 milhão entre 2015 e 2018, para divulgação da atividade parlamentar, usando recursos da cota de gabinete.
Nas postagens ainda, Dallagnol “tirou casquinha” com seu desafeto público Renan Calheiros (MDB-AL), candidato ao cargo, mas que desistiu do intento durante a apuração dos votos, enfatizando que a derrota (de Renan) representa a “rejeição” da sociedade e do Congresso a “alguém investigado pela prática de corrupção na Lava Jato”.
Membro da “República de Curitiba”, que até dezembro do ano passado era comandada por Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, Deltan Dallagnol, avança em dar “pitaco” sobre o cenário político brasileiro, seguindo o mesmo caminho de Moro, de olho na nomeação do novo Procurador Geral da República, que vai acontecer em setembro deste ano.
Evidentemente, que Sérgio Moro irá “meter a colher” no assunto, com grandes chances de ter papel decisivo na escolha do substituto de Raquel Dodge, segundo avaliação de membros do Ministério Público Federal (MPF).
Ainda mais que para o cargo, Jair Bolsonaro deverá deixar de lado a listra tríplice usada para a nomeação, como fez Michel Temer no ano passado, confirmando um nome que tenha perfil conservador, “anti-corrupção” e ligado ao contingente evangélico que o apoia.
No que se ajusta, perfeitamente, Dallagnol.
Pelo “andar da carruagem”, o Brasil está mudando sim.
Mas, para pior!