O passeio do tamanduá
Um tamanduá-bandeira foi flagrado “passeando” pelo bairro Coopharondon, nas primeiras horas da manhã de terça-feira (13) e o aparecimento do animal silvestre, considerado de grande porte, despertou a curiosidade de moradores, cujo “passeio” pelas ruas e na praça do bairro ganhou repercussão nas redes sociais.
O animal foi capturado pelo Corpo de Bombeiros, com auxílio de equipamentos apropriados (cambões). Posteriormente, ele foi solto em uma área de mata afastada da cidade. Porém, antes, dos Bombeiros serem acionados, segundo relatos, um morador teria tentado, sem sucesso, fazer a captura, o que não é o mais recomendado. O tamanduá, assim como outros animais silvestres, pode atacar quando sentir-se ameaçado e dar o famoso “abraço”, que pode até matar uma pessoa.
De acordo com o secretário Municipal de Meio Ambiente, João Fernando Copetti Boher, a presença de animais silvestres em áreas urbanas, perto de reservas, locais onde há água e mata ciliar, por exemplo, é mais comum do que se possa imaginar.
“É com grande frequência que a gente avista animais, inclusive de grande porte no perímetro urbano, como foi o caso desse tamanduá-bandeira. Temos uma série de registros semelhantes, embora muitos casos não se tornam público”, destacou o secretário.
A explicação, segundo ele, não é só a rápida expansão urbana por qual passa a cidade. “O aumento da atividade agrícola vai diminuindo o percentual de áreas nativas que os abriga (animais silvestres), fazendo com que passem a explorar novas áreas às margens de rios e córregos. Com isso, acabam adentrando regiões urbanas”.
João Fernando ressaltou que a oferta de alimento, provavelmente, tenha atraído o tamanduá para aquele bairro, que fica nas proximidades do Rio Vermelho e de uma mata nativa considerável, como é o caso do Parque da Seriema e Área de Preservação Permanente, em ambas margens do leito.
O secretário alerta para os riscos do contato com animais silvestres, principalmente de grande porte como é o caso do tamanduá-bandeira, que ao serem avistados se deve manter distância e não serem perturbados, uma vez que podem reagir de forma agressiva contra quem assim fizer. “Na sequência, se deve acionar, imediatamente, os órgãos competentes responsáveis, para que façam o resgate ou monitoramento do bicho até o local onde vive”, alerta Copetti Boher.
Nesses casos, deve-se ligar para o Corpo de Bombeiros (193), para a Polícia Militar Ambiental (PMA), no 99657-0919; ou para a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) – gerência de Fiscalização Ambiental, no 3411-5108 e 99657-0919.
“Em qualquer circunstância, somente profissionais habilitados e com equipamentos adequados, podem ser aproximar”, reforçou o secretário.