Edital será publicado em julho (Arquivo/Diego Utida)

Transparência é fundamental
(Diego Utida)

Dos R$ 4.136.000,00 depositados on-line pela Prefeitura de Rondonópolis nos dias 16 e 17 deste mês, favorecendo a empresa Life Med Comércio de Produtos Hospitalares e Medicamentos Eireli, pela compra de 22 ventiladores pulmonares – que na realidade, se tratavam de monitores multiparâmetros – cerca de 75% já foram recuperados.
Menos mal que os recursos estejam sendo reembolsados, até porque isso tranquiliza os contribuintes rondonopolitanos, que se sentem menos lesados, digamos assim.
Quanto à vinda de um representante da empresa a Rondonópolis, que segundo informações irá se reunir hoje à tarde com o prefeito Zé Carlos do Pátio, com a secretária de Saúde Izalba Albuquerque e com o procurador-geral do Município Anderson Godoi, para explicar que a Life Med Comércio de Produtos Hospitalares e Medicamentos Eireli foi vítima de fraude por exportadores chineses e irá ressarcir o município em toda a totalidade paga, além de doar mais dois equipamentos, para o blog Estela Boranga comenta não muda muita coisa já que isso é perfeitamente compreensível que aconteça, até porque existe o devido Boletim de Ocorrência registrado junto à Polícia Judiciária Civil (PJC) pelo crime de estelionato, contra os sócios-proprietários da mesma e eles correm o risco, seríssimo, de ir parar atrás das grades.
Todavia e descontada a necessidade da urgência nas aquisições para que o município esteja melhor preparado no enfrentamento à pandemia de coronavírus, há de se questionar – além do preço pago por cada ventilador pulmonar, que beira a casa dos R$ 190 mil – o por quê de não ter se levantado, antes de se efetuar os depósitos on-line, a principal atividade da empresa, cujo registro na Receita Federal dá conta de ser voltada à comercialização de cosméticos e não de equipamentos hospitalares, como consta na razão social.
Além do mais, o capital social da Life Med Comércio de Produtos Hospitalares e Medicamentos Eireli gira em torno de R$ 100 mil; valores esses, incompatíveis para seu credenciamento como fornecedora de equipamentos, que custaram R$ 4.136.000,00.
A propósito, esclarecemos que desde a primeira matéria que fizemos, com exclusividade, o blog está de posse de cópias de toda a documentação envolvendo a transação de compra dos respiradores, do BO e da ação encaminhada à Justiça (como requer o Jornalismo), e os questionamentos feitos por nós até agora sobre o assunto, visam, unicamente, dirimir toda e qualquer dúvida, sobre a utilização de recursos públicos, que saem do bolso dos contribuintes e dos quais somos parte integrante, como cidadã e também como MEI.

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