Operação Convescote: 3ª fase estaria na iminência de acontecer
Segundo informações obtidas pelo Blog Estela Boranga comenta, a terceira fase da Operação Convescote – iniciada em 20 de maio passado, por determinação da juíza Selma Arruda, titular da Vara contra o Crime Organizado em Cuiabá, envolvendo convênios fraudulentos da Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (FAESPE) com auxílio de empresas fantasmas e servidores públicos, junto a órgãos do Estado, como a Assembleia Legislativa (AL), o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e prefeituras do interior do Estado-, estaria bem próxima de acontecer, em razão de evidências claras de fraudes em prefeituras do interior, ocorridas nos dois últimos dois anos e devido ao número de suspeitos ser “exponencialmente maior”, conforme declaração do coordenador do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) de Mato Grosso, Gaeco, promotor Marcos Bulhões.
O coordenador revelou que o envolvimento pode ser maior do que os fatos que foram descobertos até agora, nas duas primeiras etapas realizadas em Cuiabá, Várzea Grande e Cáceres.
As empresas de fachada foram criadas com o propósito de forjar pagamentos de prestação de serviços, cujos valores eram repassados à FAESPE, que se incumbia de fazer o rateio entre gestores e servidores públicos dos órgãos públicos envolvidos.
Preso pelo Gaeco na primeira fase da operação, o desempregado Marcos Moreno Miranda revelou que criou uma empresa de fachada, após orientações do servidor do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Cláudio Roberto Borges Sassioto. A empresa teria sido criada para que a Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (Faesp) forjasse pagamentos por prestações de serviços.
Os valores contratados eram aditivados ao longo do tempo, como no caso da ALMT e do TCE, que no início eram de R$ 20 milhões, chegando a R$ 100 milhões, conforme noticiou a imprensa cuiabana.
Rondonópolis
Em relação à Prefeitura de Rondonópolis, conforme levantamento exclusivo do Blog Estela Boranga comenta (leia aqui), o convênio com a FAESPE foi fechado em 2014 e começou a vigorar em janeiro de 2015 com R$ 11,5 milhões, atingindo mais de R$ 61 milhões em dezembro de 2016.
Até agora, nas duas primeiras fases da “Operação Convescote”, 22 pessoas foram denunciadas à Justiça, pelo Gaeco.