Operação em Rondonópolis desmantela quadrilha do tráfico de drogas

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A ação envolve 60 policiais (PJCMT)

A ação envolve 60 policiais
(PJCMT)

Principal fornecedor de drogas do grupo trocou de identidade e abriu empresas para lavar dinheiro ilícito
A Polícia Civil de Mato Grosso (PCMT) iniciou nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (27) a “Operação Teia de Aranha”, para o cumprimento de 40 mandados de prisão, de busca e apreensão e bloqueio de bens de integrantes de uma organização criminosa, investigada por tráfico e associação para o tráfico de drogas no sul do estado.
A investigação tem como alvo o núcleo financeiro da organização que atua em Rondonópolis e que ramificou o dinheiro do tráfico em dezenas de contas bancárias, para dificultar a localização de ativos ilícitos.
As ordens são cumpridas nas cidades de Rondonópolis e Várzea Grande e foram decretadas pela 5ª Vara Criminal de Rondonópolis, pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Rondonópolis (DERF) que coordena, com apoio de unidades da Delegacia Regional, o cumprimento de nove mandados de prisão preventiva, 20 mandados de busca e apreensão domiciliar e 11 ordens de bloqueio de ativos.
A operação conta com 60 policiais da 1ª Delegacia de Rondonópolis, DHPP, DEDM, das delegacias de Itiquira, Guiratinga, Juscimeira, Jaciara, GCCO, DRE, bem como da Gerência de Combate ao Crime Organizado e Delegacia de Repressão a Entorpecente
Investigação
Inquérito policial conduzido pela DERF de Rondonópolis, que resultou em ação penal em tramitação na 5ª Vara Criminal do município, apurou que em abril do ano passado, W.B.A, conhecido como “Colega ou Máximo”, foi preso em flagrante pela Polícia Civil com cocaína e R$ 6,5 mil em espécie, além de objetos destinados ao embalo e separação de drogas.
A especializada apurou que W.B.A. era o responsável pelo controle do tráfico de drogas em, aproximadamente, sete bairros de Rondonópolis, em especial na região do Jardim Tropical. Ele fazia a distribuição de drogas e recolhimento do lucro do tráfico. As informações foram corroboradas com as prisões de outros traficantes, no mês de fevereiro do ano passado.
No curso das investigações, com o deferimento do afastamento de sigilo de dados e outras provas reunidas pela Polícia Civil, surgiram indícios de envolvimento do alvo e de outras pessoas nos tráfico de drogas e associação para o tráfico, comprovados inclusive por relatórios de movimentação financeira. Foi instaurado pela DERF um inquérito complementar para apuração dos fatos novos e com compartilhamento de provas autorizado pela 5ª Vara Criminal, a equipe da unidade especializada apurou dados, a partir da extração de conversas de celulares, que chegaram a outros integrantes da organização criminosa.
A Polícia Civil chegou à identificação do traficante J.F.S.S., responsável pelo fornecimento de drogas para W.B.A., que tem revendedores e auxiliares para a venda de entorpecentes, todos alvos da operação.
Durante a investigação, a DERF também reuniu indícios da participação de outras 16 pessoas nos crimes apurados.
Um dos alvos da operação e identificado como o principal fornecedor de drogas ao grupo criminoso foi preso em 2019 na Operação Redtus, também da DERF de Rondonópolis, quando foram presos 70 integrantes da organização criminosa envolvidos no tráfico de drogas na cidade.
O indiciado da Operação Redtus ficou foragido durante esse período e assumiu uma nova identidade com uso de documentos falsos, tendo inclusive, aberto empresas no ramo de transporte para movimentar o dinheiro do tráfico.
“O objetivo da operação é a desestabilização da associação criminosa e a identificação de informações sobre possíveis crimes de lavagem de dinheiro e crimes tributários, praticados pelos investigados. Também tem como objetivo atacar o fluxo financeiro da organização criminosa, visando o bloqueio de contas bancárias e sequestro de valores usados no tráfico”, explicou o delegado titular da DERF, Santiago Rozendo Sanches.
Operação
O nome da operação, “Teia de Aranha”, remete à ramificação e fluxo financeiro entre os alvos investigados, que utilizaram diversas contas bancárias para movimentar o dinheiro do tráfico e dificultar a localização de ativos ilícitos.

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