Operadores alvos da Lava Jato já estão presos em Brasília

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Pai e filho foram para a carceragem da PF (Foto: G1 Brasília)

Operadores foram levados para a carceragem da PF
(Foto: G1 Brasília)

No início da manhã de hoje, os dois operadores financeiros alvos da 38ª fase Operação Lava Jato, batizada de Blackout, em referência ao sobrenome dos investigados, desembarcaram no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília (DF). Jorge e Bruno Luz – ligados ao PMDB –  tiveram a prisão preventiva decretada, mas estavam em Miami, nos Estados Unidos.
Imediatamente, os dois foram conduzidos pela Polícia Federal (PF) para o Instituto Médico-Legal e, em seguida, para a carceragem da Superintendência da PF, na Capital Federal.
Na quinta-feira (02), serão levados para Curitiba (PR). Ambos vão responder pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Propina
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a atuação de Jorge e Bruno na Petrobras teria resultado no pagamento de R$ 40 milhões em propinas ao longo de 10 anos, especialmente na compra dos navios-sonda Petrobras 10.000 e Vitória 10.000; na operação do navio sonda Vitoria 10.000 e na venda, pela Petrobras, de sua participação acionária na Transener (maior companhia de transmissão de energia elétrica da Argentina) para a empresa Eletroengenharia.
De acordo com a investigação, a maior parte da propina era repassada aos membros da Diretoria Internacional da Petrobras, enquanto o restante era destinado a agentes políticos. O procurador da República Diogo Castor de Mattos afirmou que esses políticos gozam atualmente de foro privilegiado, principalmente senadores.
Os integrantes da força-tarefa do MPF disseram ainda que Jorge e Bruno atuavam na Diretoria Internacional da Petrobras, área de indicação política do PMDB. Eles também agiam esporadicamente na Diretoria de Abastecimento e na Diretoria de Serviços da estatal, áreas de influência do PP e do PT, respectivamente.
Nota
Na quinta-feira (23), o PMDB publicou nota afirmando que os operadores financeiros “não têm relação com o partido e nunca foram autorizados” a falar em nome da sigla. O PP e o PT não se manifestaram sobre o assunto.
A Petrobras disse, em nota, que “segue colaborando com as autoridades” para buscar o ressarcimento dos prejuízos causados à companhia. A estatal ressaltou, ainda, que as autoridades “reconhecem que a Petrobras é vítima de todos os fatos revelados por esta investigação”.
Com Agência Brasil

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