Os meios justificam os fins?

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Bolsonaro defende o excludente de ilicitude (Adriano Machado/Reuters)

Bolsonaro invocou o excludente de ilicitude (Adriano Machado/Reuters)

Durante o lançamento, na quinta-feira (3) da campanha publicitária de apoio ao pacote anticrime de Sérgio Moro, que custará a bagatela de R$ 10 milhões e será veiculada até o dia 31 deste mês pela TV (aberta e fechada), cinema, rádio, internet, além de mobiliário urbano, Jair Bolsonaro disse que os autos de resistência – morte durante operação policial, considerada legítima defesa – não podem ser considerados execução como alguns órgãos de Justiça querem fazer crer, mas sim como prova de que as forças de segurança estão fazendo o seu trabalho.
Bolsonaro, perdeu uma grande oportunidade de explicar o caso da menina Ágatha Vitória Félix (8 anos), que morreu baleada dentro do veículo que ocupava com a mãe, na noite de 20 de setembro último no Complexo do Alemão no Rio de Janeiro, por uma bala de fuzil que entrou pelas costas da estudante, causando ferimentos no fígado, no rim direito e em vasos do abdômen.
Caso explicasse, seria oportuno também, perguntar a ele se o tiro que vitimou a menina, que teria sido disparado, a princípio, por um policial, entraria no excludente de ilicitude – estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento do dever legal e o exercício regular de direito -,  defendido por ele e um dos itens do pacote de Moro?

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