Paciente de MT acusa contaminação por nova variante

(Pixabay)

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Juntamente com mais cinco pessoas, um paciente de Mato Grosso pode ser um dos contaminados pela Gama Plus – nova variante da Gama (P1), que deriva da cepa original que circulou  em  Manaus (AM), segundo o Blog da Lúcia Helena, do UOL.
Essa variante, descoberta em maio deste ano pelo Projeto Genov – um dos projetos de vigilância genômica da América Latina -, tem características de ser mais transmissível que as descobertas até agora, como a Gama e a Delta, por possuir alteração genética no sítio de furina – que controla a velocidade com que o vírus entra células humanas.
Das 502 amostras de brasileiros contaminados pelo coronavírus, sete delas apontaram alterações encontradas em um paciente de Goiás, um de Mato Grosso, um do Ceará, um de Santa Catarina, um do Paraná e um do Rio de Janeiro e em dois do Tocantins.
Conforme o biólogo molecular e virologista José Eduardo Levi, que lidera a área de desenvolvimento e pesquisa da Dasa, rede de saúde integrada que criou o Genov, “com o vírus entrando mais depressa nas células, a carga viral da cepa gama, que já era impressionante, pode aumentar ainda mais, com as oportunidades de multiplicação de mutações diárias.
Dessa forma, a Gama-Plus poderá então aproveitar o organismo dos semi-imunizados para testar aquelas que a ajudariam a lidar com anticorpos”, resumiu.
Levi reforça que é de suma importância de se acelerar a vacinação da população. “Em suma, quem não tomou a segunda dose dá mais chance ao vírus para aprender a escapar das defesas de quem ainda não foi vacinado. Isso exige que as pessoas que estão no meio do caminho da imunização precisam ser ainda mais cuidadosas, em nome do coletivo”, reforçou o biólogo, adiantando que no final deste mês, devem sair os resultados da análise aprofundada de mais 1.500 amostras, que foram coletadas no mês passado.

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