Pai tenta vender o filho no Facebook
Um homem de 26 anos foi preso em flagrante na semana passada, na rodoviária de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, após tentar vender seu filho de 4 meses através do Facebook. As conversas foram apreendidas no próprio celular do homem e incluídas no inquérito.
Segundo o delegado Paulo Sergio Lauretto, responsável pelo caso, a família, que é de São Gabriel do Oeste, interior do Mato Grosso do Sul, estava na rodoviária pedindo ajuda para embarcar para São Paulo e, ao serem abordados por assistentes sociais, a mãe demonstrou desespero e confessou que o bebê seria vendido por seu marido para uma mulher que mora em São Paulo. Além do bebê, o casal tem uma filha de cinco anos.
A polícia prendeu o homem em flagrante. De acordo com o delegado, o pai confessou a tentativa de venda e disse que havia se arrependido da negociação. Em depoimento, a mãe disse que o homem havia tentado negociar a venda da criança antes mesmo do seu nascimento, mas havia desistido. A mulher que aceitou a negociação, é estudante de Direito e mora em São Paulo. Ela ainda não se apresentou à polícia.
Foi decretada a prisão preventiva do pai, que passou por audiência de custódia na sexta-feira em Campo Grande. De acordo com o delegado, o pai e a estudante de Direito deverão responder criminalmente por “prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga ou recompensa”, de acordo com o artigo 238 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com pena de um a quatro anos de prisão, e multa.
Na delegacia, o pai relatou desespero após perder o emprego e passar por dificuldades financeiras e, por isso, retomou a ideia de vender o filho. Segundo o delegado, ele trata a negociação como doação e ajuda de custos. “O pai da criança não usa o termo ‘vender’, ele alega que daria a criança por não condições de criá-la, mas confessa que pediu uma ajuda de custo de 3.000 reais, aceita pela mulher com quem negociava”.
Apesar da matéria ser da semana passada, a abordagem dela pelo blog tem por objetivo mostrar a que ponto chega o desespero de quem vive a necessidade, todos os dias.
Enquanto isso, a politicalha vive nababescamente, às custas do trabalho suado dos brasileiros.
Com Veja