Palestras abordam ações de combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes
Em alusão ao Dia de Mobilização, Combate e Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, lembrado no dia 18 de maio, o mês de maio será de palestras e rodas de conversas acerca do tema, em escolas e centros de assistência social de Rondonópolis.
A programação, teve início nesta segunda-feira (9), na Escola Tancredo Neves e segue até o próximo dia 24.
As ações são desenvolvidas, conjuntamente, pelas secretarias municipal de Saúde e de Promoção e Assistência Social, pela Vara da Infância e Juventude, Promotoria, conselhos tutelares, Polícia Militar, Delegacia Especializada da Criança e do Adolescente e Conselho da Criança e do Adolescente.
As ações que serão realizadas como objetivo, mobilizar, sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade, a participar da luta em defesa dos direitos sexuais de crianças e adolescentes.
A coordenadora do Departamento de Ações Programáticas do Município, Sthefani Damasceno, explica que as palestras e rodas de conversas em escolas e centros de assistência social, propiciam atenção mais que especial às crianças e adolescentes que vivenciaram ou vivenciam essa violência, visto que os impactos da violência sexual (e também física ou psicológica) são imensuráveis, mas que podem ser amenizados dependendo de como a vítima será acolhida e tratada. “É preciso chamar a atenção da sociedade para um assunto preocupante e garantir a toda criança e adolescente o direito ao desenvolvimento de sua sexualidade de forma segura e protegida, livres do abuso e da exploração sexual”, explica a coordenadora.
Dia de mobilização
O dia 18 de maio não é uma data escolhida, aleatoriamente, para celebrar o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data dá visibilidade a um crime bárbaro que chocou o Brasil, em 1973, quando a menina Araceli Cabrera Sanches Crespo, de apenas oito anos de idade, foi sequestrada, drogada, espancada, estuprada e morta por membros de uma tradicional família local no Espírito Santo.
O crime ficou impune, pois os criminosos não foram punidos até os dias de hoje.
A reflexão é fundamental
A coordenadora destaca que a sociedade tem dever de denunciar e estar atenta a quaisquer sinais que possam identificar violência contra crianças e adolescentes. “O silêncio só agrava a situação e impede que a criança ou adolescente saia dessa situação de violência”, afirma Sthefani.
Ela reforça que a violência sexual contra crianças e adolescentes pode ocorrer em várias idades, incluindo bebês. “O abuso sexual se configura quando a criança é utilizada por adulto, ou até um adolescente, para praticar algum ato de natureza sexual, isto é, que tem por finalidade obtenção da satisfação sexual do adulto por meio da estimulação sexual do infante ou do jovem. Já a exploração sexual é quando eles são utilizados com propósito de troca ou de obter lucro financeiro ou de outra natureza em turismo sexual, tráfico, pornografia, ou também em rede de prostituição”, conclui.
Confira a programação das rodas de conversas e palestras:
Dia 10 – Escola Rosalino Antonio da Silva, às 14h;
Dia 12 – CRAS Ana Carla, às 14h30;
Dia 16 – São José do Povo (escola municipal), às 13h;
Dia 17 – Escola Celso de Oliveira com estudantes de 07 a 09 anos (bairro Alfredo de Castro), às 15h;
Dia 18 – Vila Olímpica (crianças e adolescente de vários CRAS’s), às 14h30;
Dia 19 – CRAS CEU (crianças atendidas na unidade), às 15h;
Dia 23 – EE José Moraes (estudantes de 06 a 09 anos), às 15h;
Dia 24 – Escola Rural Derci Rodrigues Almeida (Gleba Rio Vermelho), para estudantes de 11 a 14 anos.