Para Roberto Carlos intervenção no IMPRO pode ser cortina de fumaça para terceirização

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Roberto Carlos Correa de Carvalho

O diretor executivo eleito do IMPRO, Roberto Carlos Correa de Carvalho, que segundo o artigo 6º da Lei Nº 11.330, de 24 de março de 2021 já deveria estar empossado para seu segundo mandato desde 1º de janeiro de 2022, está preocupado com posicionamentos recentes de gestores da Prefeitura de Rondonópolis.
Em sua última declaração, o secretário de Gestão de Pessoas, Fernando Becker afirmou em alto e bom tom que o executivo pretende seguir com a tal intervenção no IMPRO e nomear um indivíduo para comandar a autarquia por 6 meses e chamar eleições na sequência. “Com todo respeito ao secretário, mas ele jamais poderia dar uma declaração do tipo. Primeiro que para colocar uma pessoa dentro do IMPRO ela precisa da CPA-10, certificação emitida pela Ambima. Em Rondonópolis só três pessoas têm esse certificado, eu, minha gerente de Investimentos Lucinete Oliveira e a diretora executiva do Serv Saúde Rozalina Ruiz. Ele também foi infeliz ao mencionar a eleição na sequência. Quem chama eleição é o Sispmur. Uma nova eleição só poderia ser marcada através de uma ordem judicial. É válido ressaltar que para isso acontecer a justiça teria que apontar irregularidades no processo eleitoral. Fato que não ocorreu e a própria Prefeitura participou, uma vez que o prefeito indicou um servidor para representar o executivo na comissão eleitoral. Tudo está publicado no Diário Oficial do Município e sem qualquer observação”.
Na quinta-feira pela manhã, o prefeito José Carlos do Pátio abortou a palavra interventor e segundo publicações da imprensa de Mato Grosso adotou o termo auditor para comandar o IMPRO até uma nova eleição. “A narrativa é a mesma, só mudaram o nome do cargo. Mas neste caso o prefeito apenas criou notícia. O IMPRO é auditado constantemente por TCE e Secretaria de Previdência. A Prefeitura tem acesso a tudo, não cabe um auditor aparecer lá do nada, quando não existe denúncia e tudo é feito com transparência. Se o prefeito quiser saber com profundidade da vida administrativa do IMPRO é só pedir informações à Secretaria de Controle Interno, que fica poucos minutos da sala dele”, explica Roberto.
O diretor executivo eleito do IMPRO, com mais de 95% dos votos dos servidores municipais, lembra ainda que todas as falas são baseadas num parecer frágil, sem qualquer tipo de embasamento na lei. Para Roberto Carlos, o imbróglio que já dura quase 15 dias e prejudica aposentados e pensionistas pode ser uma “cortina de fumaça para a terceirização”.
“É difícil imaginar outra coisa. Esses seis meses que estão falando em ficar dentro do IMPRO é tempo suficiente para mudar a lei do órgão, acabar com a eleição e implantar a indicação de cargos, via prefeito. Depois disso eles podem muito bem passar tudo para uma empresa privada tomar conta, tirar o atendimento presencial e entregar a chave do cofre dos nossos servidores, que hoje está próximo dos R$ 300 milhões para estranhos. Temos vários exemplos disso Brasil afora, quase todos com tremendo prejuízo para os servidores”, alerta.
Apoio
Servidores e lideranças políticas iniciaram na quarta-feira (12) um ato para Roberto e sua equipe. O manifesto acontece em frente à sede do IMPRO, mais de 400 pessoas já foram até à autarquia declarar apoio aos eleitos. Além dos trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas, a ação conta com apoio irrestrito de todos os servidores do IMPRO, Sispmur, Serv Saúde, Adesmur e de pelo menos 15 vereadores da Câmara Municipal.
O IMPRO
O Instituto Municipal de Previdência de Rondonópolis – IMPRO é uma entidade de direito público, natureza autárquica com autonomia administrativa e financeira, recebendo o tratamento de “Instituto”.
O IMPRO se destina a assegurar, aos seus segurados e a seus dependentes os meios de subsistência nos eventos de invalidez, doença, acidente de trabalho, idade avançada, reclusão e pensão por morte; e a proteger a maternidade e à família. A administração é feita de servidores que cuidam do patrimônio dos servidores, sem qualquer interferência política. Atualmente, o patrimônio líquido do IMPRO é de quase 300 milhões de reais. O número de beneficiários já passa dos 900.
Da Assessoria

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