Pau batendo em Franciscos?
A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF), estão cumprindo desde as primeiras horas da manhã de hoje, 24 mandados de busca e apreensão, na Operação Ross – que envolve um efetivo de 200 agentes e ocorre, simultaneamente, em São Paulo (capital e interior), Brasília, Bahia e Rio Grande do Norte.
A operação conjunta decorre do inquérito 4519 que resultou de investigações pela prática de crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação criminosa e que tem como relator o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). As ações são direcionadas a busca e apreensão em imóveis do senador Aécio Neves (PSDB) e da irmã dele, Andréa Neves, no Rio e em Minas Gerais; dos deputados federais Paulinho da Força (SD-SP), Cristiane Brasil (PTB-RJ) e Benito da Gama (PTB-BA); e dos senadores Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Agripino Maia (DEM-RN).
Delações
A operação tem por base delações de Joesley Batista e Ricardo Saud – executivos do grupo J&F, os quais relataram em seus depoimentos à PF terem sido feitos repasses de propina ao senador Aécio Neves que ultrapassam R$ 128 milhões, que os utilizou na campanha de 2014 para a compra de apoio político de partidos, dentre os quais o Solidariedade, DEM e PTB.
As investigações concluíram também, que empresários paulistas ajudaram com doações de campanha e caixa 2, por meio de notas frias.
As investigações da PF concluíram que em troca da propina, Aécio Neves teria intervindo junto ao governo de Minas para viabilizar a restituição de créditos de ICMS de empresas do grupo J&F, que controla a JBS.
Nome
A Operação Ross é um desdobramento da Operação Patmos, deflagrada pela PF em maio de 2017, e é denominada em referência ao explorador britânico que dá nome à maior plataforma de gelo do mundo, na Antártida, fazendo alusão às notas fiscais frias que estão sendo investigadas.
Da Redação com Brasil 247 e Congresso em Foco