Perde o amigo, mas não perde o cargo
Se tem coisa que mais preocupa e desvaloriza um político de carreira, é ficar de fora da cena política.
E isso está acontecendo com o ex-prefeito de Rondonópolis, Percival Santos Muniz, que depois de ter sido destituído da presidência estadual do PPS, por determinação direta do presidente nacional da sigla, o deputado federal Roberto Freire (PPS-PE) no dia 31 de janeiro último, tem afundado ainda mais no ostracismo político mato-grossense, ficando de fora das rodas de conversação dos caciques conhecidos.
Apesar de estar de tête-à-tête com outros partidos para mudar de sigla, especialmente o PDT de Zeca Viana – que abriria a possibilidade de lançá-lo de vice ao governo do Estado em dobradinha com Mauro Mendes ou mesmo de cabeça de chapa -, Percival paralelamente vem perdendo companheiros de longo tempo, até então fieis e imprescindíveis.
É o caso de Antonio Carlos Máximo – professor aposentado da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), câmpus de Rondonópolis – que apesar de não ter aprovado a destituição do PPS regional, do qual era secretário-geral, deixou de acompanhar Percival no “exílio”, optando por permanecer na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapemat), a qual preside desde janeiro de 2015.
E por tabela, junto à tucanada de Pedro Taques.
O apego a cargos público vem desde 2013 quando foi secretário de Meio Ambiente de Cuiabá, no qual ficou até 2014. A nível de Estado, Máximo também já foi secretário-adjunto de Educação entre 2003 e 2005, durante o governo de Blairo Maggi, tendo atuado ainda, como assessor junto ao Ministério da Educação (MEC).
Se Perci já não tem o afago dos “caciques” políticos, acredito que, se insistir em sair candidato nas próximas eleições verá, lamentavelmente, que os “índios” também se cansaram dele. É possível que, nem os fiéis escudeiros Dudu e Menino de Ouro estarão na mesma canoa. O Barba pode ir começando a escrever seu testamento político.