PF prende militares que planejaram matar Lula, Alckmin e Moraes; veja quem são

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Prisões ocorreram até as 06h50 de hoje (BWN Brasil)

Prisões ocorreram até as 06h50 de hoje
(BWN Brasil)

A Polícia Federal deflagrou hoje, terça-feira, a Operação Contragolpe, para desarticular organização criminosa responsável por ter planejado um golpe de Estado para impedir a posse de Lula e Alckmin, legitimamente eleitos nas eleições de 2022 e restringir o livre exercício do Poder Judiciário.
As investigações apontam que a organização criminosa se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022. Os investigados são, em sua maioria, militares com formação em Forças Especiais (FE).
Entre essas ações, foi identificada a existência de um detalhado planejamento operacional, denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022, voltado ao homicídio dos candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República eleitos.
Ainda estavam nos planos a prisão e execução do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que vinha sendo monitorado continuamente, caso o Golpe de Estado fosse consumado.
Segundo apúrado pelo blog da Andréia Sadi, o plano para executar Lula (PT) e Alckmin (PSB) após eles vencerem Jair Bolsonaro (PL) na eleição 2022, foi discutido na residência do general Braga Netto em 12 de novembro daquele ano, candidato a vice-presidente de Bolsonaro.
O planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações.
Mandados
Policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, a proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, e a suspensão do exercício de funções públicas. O Exército Brasileiro acompanhou o cumprimento dos mandados, que estão sendo efetivados no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal.
Os fatos investigados nesta fase da investigação configuram, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado e organização criminosa.
Militares presos

Militares kids pretos, presos pela PF
(Arquivo pessoal e Eduardo Menezes/SG/PR)

Cinco militares foram presos com autorização do ministro Alexandre de Moraes, sendo quatro do Exército ligados às forças especiais, os chamados “kids pretos”: o general de brigada Mario Fernandes (na reserva), o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira, além do policial federal Wladimir Matos Soares.
Os militares foram presos no Rio de Janeiro, por volta das 6h50, e participavam da missão de segurança da reunião de líderes do G20.
Um dos presos, foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República em 2022. Atualmente, é assessor do deputado federal e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
Da Redação com Assessoria/Blog da Camila Bomfim

 

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