PF vai investigar mortes de candidatos no RJ
O ministro Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), visitou o Cartório Eleitoral de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na manhã de hoje, para se inteirar melhor quanto ao grande número de mortes envolvendo políticos, pré-candidatos e candidatos, nas eleições deste ano. O ministro informou que enviou um ofício ao Ministério da Justiça solicitando que a Polícia Federal fique responsável pela investigação das mortes.
Conotação política
Segundo a Polícia Civil do Rio, 13 pessoas ligadas à política foram mortas nos últimos nove meses na Baixada Fluminense. Após investigação, a polícia descobriu que dos 13 crimes, 11 foram motivados porque as vítimas estavam ligadas à política.
Foram quatro crimes no ano passado e nove neste ano. Três vereadores, dois candidatos, seis pré-candidatos e outros dois que ocupavam cargos não especificados.
A primeira morte foi em novembro de 2015. O vereador Luciano Nascimento Batista, mais conhecido como Luciano DJ, do PC do B de Seropédica, foi assassinado a tiros, na saída de uma festa. A polícia diz que ele atuou como miliciano, no município, e morreu por contrariar interesses de grupos políticos.
As investigações também mostraram que três vítimas foram mortas pelo tráfico de drogas. Uma delas foi Aga Lopes Pinheiro. Ela era líder comunitária em Magé e candidata a vereadora pelo DEM. A polícia contou que ela trabalhava contra o tráfico na região e que traficantes ordenaram o assassinato.
Com G1 RJ