PGR e ministro na “cola” do diretor da PF

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Segóvia está em apuros (Jorge William/Agência O Globo)

Segóvia está em apuros
(Jorge William/Agência O Globo)

A Procuradoria Geral da República (PGR) pode instaurar procedimento para analisar a conduta do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Fernando Segovia – empossado em novembro de 2017 no cargo – que em entrevista à Agência Reuters, na sexta-feira (09) teria sugerido que o inquérito que investiga Michel Temer por suspeita de favorecimento à empresa Rodrimar, pode ser arquivado.
Após a publicação da reportagem, a agência Reuters corrigiu a informação sobre arquivamento de inquérito contra Temer, mas manteve que diretor da PF diz não haver indício de crime nem de pagamento de propina (em relação à mala apreendida com Rocha Loures, com R$ 500 mil em seu interior). A informação foi corrigida à 1h23 do dia 11/2 (domingo).
A investigação sobre a Rodrimar – que atua no Porto de Santos (SP) -, ainda está em fase de diligências e a declaração foi interpretada como interferência no trabalho do delegado Cleyber Malta Lopes (desafeto de Segóvia, dentro da corporação), que preside o inquérito e que também atuou na investigação que encontrou indícios de formação de organização criminosa envolvendo Temer e políticos do PMDB, o chamado Quadrilhão do PMDB.
No sábado (10), ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF) que é relator do inquérito que investiga Temer, informou o Ministério Público Federal (MPF) sobre as declarações dadas por ele à Reuters, para que sejam tomadas as providências que entender cabíveis, intimando ainda Fernando Segóvia a dar explicações sobre o episódio.

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