PGR investiga rede de grampos clandestinos em MT

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Caso repercute (Globo)

Caso respinga no governo Taques
(Globo)

A existência de uma rede de escutas telefônicas clandestinas, denunciada à Procuradoria Geral da República (PGR) pelos ex-secretários de Segurança Pública de Mato Grosso, Mauro Zaque e Fábio Galindo, envolveria uma lista de pelo menos 120 pessoas, entre políticos, juízes, jornalista e empresários.
O esquema de monitoramento teria sido idealizado pelo primeiro escalão do Palácio Paiaguás, para flagrar adversários do governo.
Denúncia
Na denúncia, Zaque e Galindo informam que os grampos funcionavam no modelo “barriga de aluguel”. Ou seja, quando telefones de pessoas não relacionadas a uma investigação, são inseridos em pedido judicial de quebra de sigilo. A rede de escuta não oficial, seria controlada por coronéis da Polícia Militar (PM).
Todos estes fatos, que vieram à tona ontem (11), resultaram no afastamento do secretário da Casa Civil, Paulo Taques, que, de acordo com o Gabinete de Comunicação de Mato Grosso (Gcom/MT), volta a atuar como advogado pessoal do governador Pedro Taques (PSDB). E o primeiro caso em que estaria envolvido é justamente na denúncia sobre a rede de escuta, que vem sendo investigada pela PGR.
Grampeados
A deputada estadual Janaina Riva (PMDB) confirmou ter conhecimento de que duas linhas telefônicas dela foram grampeadas. Conforme informações do site Folhamax, que teve acesso a um trecho da investigação, a parlamentar teria o codinome “Janir”. Além dela, aparecem como “grampeados” o jornalista José Marcondes, o Muvuca, o deputado federal Carlos Bezerra (PMDB), assessores da vice-governadoria do Estado, servidora pública com iniciais T.S., o advogado José do Patrocínio, que atuou na campanha de Lúdio Cabral (PT) ao governo de Mato Grosso, e ainda um assessor de um desembargador do Tribunal de Justiça.
De acordo com informações do Folhamax, oficialmente a quebra de sigilo tinha como objetivo monitorar uma quadrilha de traficantes de drogas. A Polícia Militar, em 2014, obteve a autorização de escuta de um juiz da Comarca de Cáceres. E no meio de envolvidos no tráfico, foram inseridas em meados de 2015 as demais pessoas, que recebiam “codinomes”, semelhantes aos seus verdadeiros nomes. O magistrado autorizou as escutas, mas não teria conhecimento do esquema embutido no pedido.
Denúncia arquivada
No final do ano de 2015, o então secretário Mauro Zaque e o adjunto, Fábio Galindo, receberam denúncia anônima sobre a suposta rede de escuta. Zaque levou o fato ao conhecimento do governador Pedro Taques. De acordo com o Gcom, a denúncia chegou a ser encaminhada ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que decidiu pelo arquivamento por insuficiência de evidências. No final de 2016, a denúncia chegou à Procuradoria Geral da República (PGR), que deu andamento às investigações.
No ano passado-principalmente durante as eleições municipais – e no início deste ano, o Blog Estela Boranga comenta sofreu estranhas “interferências” em suas atividades, inclusive tendo até sido retirado do ar, como relatado anteriormente.
Numa dessas, não querendo “ pôr o carro na frente dos bois”, as estranhas “interferências” sofridas pelo blog, também podem estar relacionadas a algo, neste sentido.
Com Gazeta Digital

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