Polícia indicia dono das Casas Bahia por crimes sexuais contra 14 mulheres

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MP analisa denúncia contra Klein (Reprodução)

MP analisa denúncia contra Klein
(Reprodução)

A Polícia Civil de São Paulo indiciou ontem (28), o empresário Saul Klein por crimes sexuais contra 14 mulheres. De acordo com as autoridades, outras nove pessoas suspeitas de envolvimento nos crimes também foram indiciadas.
Os investigadores indiciaram Saul Klein pelos crimes de organização criminosa, redução à condição análoga à escravidão, tráfico de pessoas, estupro, estupro de vulnerável, casa de prostituição (manter estabelecimento próprio, em que ocorria exploração sexual), favorecimento à prostituição ou qualquer tipo de exploração sexual de criança, ou de adolescente, ou de vulnerável. A Polícia Civil também pediu a prisão preventiva do empresário.
O caso agora deve ser analisado pelo Ministério Público, que deve decidir se apresenta uma denúncia.
Relembre o caso
Conhecido por ser o herdeiro das Casas Bahia, gigante do varejo nacional, Klein foi acusado de aliciar e estuprar 14 mulheres em festas realizadas em sua casa, localizada na capital paulista.
Em 2020, a Justiça chegou a pedir que o empresário entregasse o seu passaporte e exigiu que ele não mantivesse contato algum com as denunciantes.
Como consequência da denúncia, um inquérito foi instaurado na Delegacia da Mulher em Barueri, na Grande São Paulo.
Ao G1, o advogado de defesa de Klein, André Boiani e Azevedo disse que o “indiciamento é um ato discricionário da autoridade policial, que não vincula os demais atores processuais”.
“Saul e sua defesa técnica respeitam o posicionamento da Polícia Civil, mas entendem que a análise atenta e isenta dos elementos do inquérito levará o Ministério Público e o Judiciário a concluírem por sua inocência”, informou em nota.
Para a advogada Priscila Pamela dos Santos, que defende as 14 vítimas, são muitos os elementos que comprovavam a prática do crime. “O processo demorou dois anos, pois eles aguardaram juntamente com as investigações, o grupo do Projeto Justiceiras, que fez acompanhamento e acolhimento das vítimas, que precisava de alguns desfechos. A delegada entendeu a prática dos crimes por parte dos envolvidos, e indiciou Saul Klein”, resumiu a defensora.
Fonte: Isto É e g1 SP

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