Presidente do TJMT se manifesta sobre prisão e dependência química do filho
A desembargadora Maria Helena Povoas, presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, manifestou-se, na manhã de ontem (5), por meio de sua assessoria de imprensa, sobre a prisão do filho Diego Póvoas de Abreu, de 38 anos, na madrugada de domingo, em Cuiabá. Ele foi abordado pela polícia no bairro Santa Cruz e portava cocaína e uma arma.
Maria Helena explicou que não caberia responder à imprensa na condição de presidente do Tribunal de Justiça, mas apenas na condição de mãe, em que o filho é dependente químico e luta contra a doença há anos.
“Na condição de Maria, mãe de Diego, disse que está muito abalada com tudo que aconteceu. Disse que Diego estava longe das drogas há pelo menos três anos e que confia que ele vai se recuperar desta recaída. Aliás, recaídas são aceitáveis durante o tratamento de dependentes químicos”, disse trecho.
Ela pontou que teria a obrigatoriedade de responder como presidente do TJ se alguma vez tivesse deixado seus problemas afetarem seu desempenho junto ao Judiciário. “Isso nunca aconteceu”, reforçou.
“Ela fez uma gestão brilhante e encerra deixando grandes legados ao Judiciário”, acrescentou trecho da manifestação.
A desembargadora disse ainda que conhece de perto esse sofrimento que se abate sobre milhares de famílias brasileiras e se solidariza a todas as outras mães que passam por esse problema. Ela enfatizou que dependência química é doença e deve ser tratada como tal.
PRISÃO
Diego foi preso no domingo, em Cuiabá, no bairro Santa Cruz, com cocaína e uma arma. De acordo com boletim de ocorrência, uma equipe realizava patrulhamento tático nas imediações, quando avistou o carro de Diego em atitude suspeita.
Durante a abordagem, foram encontradas duas trouxinhas de cocaína e uma pistola calibre .38, além de um carregador com 14 munições intactas e R$ 5.972 em dinheiro.
Questionado, Diego afirmou que a arma era sua e que não tem porte e nem registro. Diante dos fatos, ele foi detido e encaminhado à Central de Flagrante. Ele pagou fiança e foi liberado.
O filho da desembargadora já havia sido preso em 2013. Na época, Diego foi flagrado com uma porção de pasta base de cocaína. Na ocasião, a desembargadora se manifestou por meio nota, afirmando que seu filho era dependente químico.
Fonte: HiperNo