Previdência: se há superávit, por que as medidas duras?

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(Imagem: Internet)

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Durante sessão da Câmara dos Deputados na quinta-feira, que aprovou a admissibilidade da reforma da Previdência (Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, do Executivo), deputados questionaram a ausência de cálculos, que demonstrem a real situação da Previdência, para que possam sugerir mudanças para equilibrar as contas, caso haja, realmente, déficit como quer fazer crer o governo de Michel Temer (PMDB).
Um dos pontos da reforma – aumentar de 15 para 25 anos, o tempo mínimo de contribuição – foi questionado pelo deputado Alessandro Molon (Rede/RJ), que frisou que a maioria absoluta das pessoas não consegue comprovar esse período de contribuição e, normalmente, são os mais pobres, que trabalham na informalidade.
Outros deputados, apoiados por institutos de pesquisa previdenciária, afirmaram que não haveria rombo se o dinheiro destinado à Previdência fosse, de fato, entregue para esse fim. “Se não houvesse a DRU, que retira 30% dos recursos previdenciários para aplicar em outras áreas, não haveria rombo nenhum”, apontou o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP). O deputado calcula que, apesar das dificuldades de 2015, a seguridade social teve superávit de R$ 22 bilhões.
O texto seguirá para análise por parte de uma comissão especial a ser instalada após o recesso parlamentar e a eleição da nova Mesa Diretora da Câmara, em fevereiro de 2017.
Os contribuintes, por sua vez, questionam, que se há superávit, por que o Governo Federal quer instituir mudanças tão amargas, que levam a se deduzir que a maioria dos trabalhadores não conseguirá alcançar a idade de 75 anos para se aposentar, já que essa idade é a média atual de vida do brasileiro?
Está passando da hora do governo se organizar e se adequar e não penalizar, ainda mais, os contribuintes.

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