Projeto da Unemat cria equipamentos com materiais descartados

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(Gcom)

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Uma parceria entre as secretarias Municipais de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciti) e de Educação (Semed) e a Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), por meio do curso de Ciência da Computação do Campus de Alto Araguaia e de Rondonópolis, levou aos alunos de escolas públicas o Projeto Reutilização e Reciclagem de Resíduos Eletrônicos.
Na esteira dessa proposta, estudantes do Ensino Fundamental das escolas municipais Bonifácio Sachetti e Rosalino Antonio da Silva, de Rondonópolis, conheceram ontem (12), os trabalhos construídos pelo grupo que integra o projeto.
Impressora 3D, máquina que faz desenho de madeira com laser, máquina de Controle Numérico Computadorizado (CNC) com drive de CD reciclado, jogos eletrônicos e, até, um pequeno robô estão entre as ferramentas que, a partir de peças que iriam para o lixo, sofreram metamorfoses e foram renovadas. A exposição pôde ser vista pelos estudantes da Rosalino, pela manhã, e da Bonifácio Sachetti, à tarde, em um caminhão da Unemat estacionado no pátio das escolas.
Toda essa criatividade vem do Centro de Pesquisa de Alto Araguaia do curso de Ciência da Computação, do Laboratório de Eletrônica e Sistemas Embarcados (Lese) e do Centro de Reciclagem e Inovação em Automação e Robótica (Criar), coordenados pelo professor doutor Fernando Yoiti Obana, que é engenheiro eletricista.
Um time composto por acadêmicos e docentes liderados pelo professor oferece orientações ao público de maneira geral, comprovando que é possível retirar de coisas que aparentemente não tinham mais serventia, objetos transformados e úteis.
“Buscamos desenvolver dispositivos eletrônicos automáticos e robóticos usando materiais eletroeletrônicos de reciclagem. Com isso, conseguimos diminuir muito o custo para o cidadão. Além disso, outro ponto positivo é que, ao visitarmos escolas, demonstramos aos alunos que eletrônica e robótica, apesar de parecerem uma coisa complicada e cara, com o uso da reciclagem, tornam-se fáceis e baratas. E o Criar presta essa orientação à população”, conta o professor.
Caso alguém tenha uma ideia inovadora que pode melhorar a vida da sociedade, mas não sabe como executá-la, o coordenador explica que, ao procurar a equipe do Criar, o indivíduo receberá o apoio e os esclarecimentos necessários para concretizá-la. “Damos atendimento gratuito a qualquer pessoa, não precisa ter formação nem nada. É só trazer a ideia e, se for possível, conseguimos até financiamento através de editais.”, comenta.
Outro local pujante de inventividade é o Lese, conforme Fernando afirma: “O Laboratório de Eletrônica e Sistemas Embarcados, é um ambiente que tanto os estudantes do curso quanto a comunidade externa usam para criar aparelhos”.
Para a secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação, Neiva de Cól, o projeto da Unemat comprova que qualquer um consegue aproveitar objetos e colocar em prática suas concepções mentais, desde que acredite e passe a ter um olhar mais atento ao aproveitamento de ferramentas que, aparentemente, não poderiam ser inovadas.
“Às vezes, a pessoa olha para a coisa e se sente impotente para reconstruir e reutilizar um determinado material. Então, aqui temos bons exemplos de possibilidade de reutilização de material”, defende a secretária. Ela adianta que o evento de hoje foi apenas o início de um circuito que vai contemplar outras unidades educacionais. “Nossa intenção é que eles visitem todas as escolas municipais de Rondonópolis, para mostrar essa possibilidade para a garotada. Afinal, como o professor Fernando falou, tem tanta coisa que descartamos no nosso dia a dia e que pode virar algo atrativo, recriado’, diz Neiva.
Esse descobrimento da alegria de criar é algo que pode ser despertado em qualquer pessoa, desde que receba o estímulo para isso. Com o programa Reutilização e Reciclagem de Resíduos Eletrônicos, acadêmicos veem desabrochar em si essa capacidade, conforme relata o estudante do 8º semestre da ciência da computação, Feliphe Carvalho: “Ao participar do projeto, aprendi muito mais do que se estivesse só em sala de aula, porque pude vivenciar práticas tanto na área de tecnologia da informação quanto na de reciclagem”.
Vários foram os ganhos, segundo Feliphe: “Aprimoramos a habilidade de enxergar nas coisas que, numa primeira passagem de vista não serviriam mais para nada, aproveitamentos para outras funcionalidades ou, mesmo, para a própria funcionalidade. Por exemplo, montamos um computador com partes de outros três que seriam jogados fora”, cita.
Pessoas físicas ou jurídicas que desejem descartar materiais recicláveis, apresentar alguma ideia ou fazer alguma contribuição para o projeto podem entrar em contato pelo telefone 9 9234-1918 ou, ainda, pelos e.mails criar@unemat.br ou secitiroo@gmail.com.
Há ainda a possibilidade de comparecer presencialmente na Seciti, que fica na Avenida Duque de Caxias 1.112, quadra 23, Vila Aurora e está aberta à população das 12h às 18 horas.
Da Assessoria

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