Quando se deve trocar as máscaras faciais de tecido

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Descarte precisa de atenção especial (Fernando Campos)

Descarte precisa de atenção especial
(Fernando Campos)

O uso de máscaras faciais é obrigatório em todo o Estado de Mato Grosso, conforme Lei 11.110 de 22 de abril de 2020, como forma de combate ao coronavírus.
Entretanto, o uso diário pode acabar desgastando a peça, a ponto dela perder sua função de proteger. Desta forma, o descarte e a substituição são fundamentais para ajudar no controle da transmissão doença.
Orientações
O médico auditor do Mato Grosso Saúde, Dr. Joaquim Spadoni, orienta que, o momento ideal para a troca da máscara, é quando ela apresentar qualquer tipo de defeito, seja o tecido que ficou fino e desgastado, sejam as alças que perderam a sua função elástica, ou se apresentarem furos ou outros danos.
A melhor forma de realizar o descarte da máscara, segundo o médico, é, primeiramente, higienizá-las corretamente, colocá-las em um saco plástico e então realizar o descarte no lixo comum.“O ato da limpeza da máscara antes do descarte, é importante para evitar a transmissão do Covid-19 aos trabalhadores de coleta de lixo, catadores e até mesmo dos que trabalham nos lixões”, reforça.
Material
Quanto ao melhor material, Spadoni informa que é preferível o uso de tecidos 100% algodão e em três camadas, como também recomenda a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e evitar materiais sintéticos.“Existem muitos estudos sobre a quantidade de camadas, pois há uma questão entre a efetividade (ato de proteção) e a respirabilidade (capacidade do ar passar pelo tecido). Quanto mais fechada a trama do tecido, mais efetiva a máscara será. Porém, pode ficar mais difícil para se respirar através dela. Os testes mostraram que o algodão puro (de camisa, fronhas, lençóis), é o melhor tecido. Já o tecido de algodão grosso, como o brim, pode ser usado em duas camadas pela sua espessura”, esclarece.
Já sobre as máscaras de TNT, a orientação da Anvisa é que elas não sejam lavadas e reutilizadas. Mas, de acordo com o médico, os materiais sintéticos apresentam muitas variações em suas estruturas e o melhor a se fazer é seguir as recomendações dos fabricantes.
Troca por umidade
As máscaras devem ser trocadas sempre que ficarem úmidas ou a cada quatro horas. Isso garantirá uma boa filtragem do ar. “Sempre leve dois sacos plásticos: um para transportar as máscaras limpas e outro saco extra, para as sujas e contaminadas. A limpeza pode ser feita, normalmente, com água e sabão”, ressalta Joaquim Spadoni.

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