Quem vai responder e pagar pelos prejuízos ambientais?
Durante a campanha para sua reeleição a Prefeito de Rondonópolis, Percival Santos Muniz (PPS) usou e abusou do tema “meio ambiente”, inclusive confeccionando cartilha (de cara impressão gráfica), prometendo “mundos e fundos” de benefícios desta área, para a população. Se eleito fosse, bem entendido.
Entretanto, enquanto propagava a “preocupação ambiental” de sua campanha a realidade era outra, com o Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis (Sanear) despejando, frequentemente, milhões de litros de efluentes sem tratamento, em córregos afluentes do rio Vermelho, principalmente se aproveitando dos finais de semana, quando a desculpa de problemas nas elevatórias, demandariam mais tempo para serem sanados.
Em 2012, um grave problema na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), redundou em ações na Justiça e responsabilização criminal contra os diretores da autarquia à época, Terezinha Silva de Souza e Júlio Goulart, tendo sido preso o engenheiro ambiental Hermes Ávila de Castro.
Paralelamente, o Sanear foi condenado ao pagamento de multa de R$ 1 milhão por lançamento de efluente bruto da Estação de Tratamento de Esgoto diretamente no Rio Vermelho.
Naquela ocasião, foi firmado acordo judicial no qual a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) indicou todas as providências preventivas que deveriam ser executadas, principalmente a ampliação do sistema e obras de engenharia necessárias, tendo o problema sido contornado.
No entanto, na atual administração o Sanear está “pintando e bordando”, provocando a contaminação do rio Vermelho, que indiretamente, é um dos afluentes do Pantanal Mato-Grossense.
E sem ninguém ter sido preso, por mais esse grave crime contra o meio ambiente.
Ao que parece fizeram muito pouco, apesar de que tinham em mãos os projetos da SEMA, para solucionar esse grave problema.