Recurso contra decisão do ministro do STF que negou soltura de Zuffo começa a ser votado

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Recurso da defesa de Zuffo começou a ser julgado (Reprodução)

(Reprodução)

O julgamento virtual do recurso interposto pela defesa do contador João Fernandes Zuffo contra a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que negou liberdade ao acusado, começou a ser votado ontem, sexta-feira. O julgamento tem previsão para terminar no dia 12 deste mês.
Entre os crimes que pesam contra o contador está o latrocínio do advogado João Anaídes Cabral Netto, 49 anos, em julho passado, ocorrido no Condomínio Flor do Vale, na zona rural de Juscimeira (sul de Mato Grosso).
No mês de agosto passado, a defesa de Zuffo entrou com um recurso no STF alegando que ele está preso preventivamente há mais de seis meses, distando os fatos apurados em 12 meses. Desde então, não houve qualquer audiência de instrução e julgamento. Por este motivo, foi requerida a prisão domicilar.
Além da revogação da prisão, a defesa de Zuffo alegou que o recebimento da denúncia pela Justiça indeferiu o compartilhamento de provas.
Com isso, requereu, assim, a redução do número de testemunhas da acusação, o desentranhamento de quaisquer elementos probatórios produzidos ao largo de decisão judicial que indeferiu o compartilhamento.
Por outro lado, o ministro afirmou que não se apresentam as hipóteses de teratologia ou excepcionalidade e negou o habeas corpus. Com isso, a defesa do contador interpôs um novo recurso que será votado ao longo da semana.
Moraes, relator do processo, manteve o voto contra a soltura de Zuffo.
PRISÃO
O contador João Zuffo foi preso pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) no dia 9 de dezembro do ano passado, em Cuiabá. Após a prisão, o acusado foi colocado em uma cela especial por ter curso superior. Zuffo também recebe atendimento médico adequado, por ser diabético e ter sido internado recentemente para tratamento de covid-19.
De acordo com o delegado Ricardo de Oliveira Franco, as provas produzidas e indícios reunidos no inquérito, demonstram a liderança do empresário no planejamento e execução de diversos crimes patrimoniais ocorridos na região. Ele planejava, apontava e indicava aos comparsas do grupo criminoso os lugares para executar os roubos, entre eles o que ocorreu no condomínio de chácaras onde três propriedades foram alvos do grupo. Em uma delas, o advogado João Anaides Cabral Neto foi morto.
O CASO
O advogado João Anaídes foi morto no dia 18 de julho de 2021, depois de ir ao rancho passar o final de semana com amigos. Durante a madrugada, o local foi invadido por criminosos. Logo depois, os ladrões anunciaram o roubo, amarraram o advogado e o colocaram em um dos quartos da propriedade.
Na sequência, os criminosos atiraram em João. O advogado morreu ainda no local. A motivação, no entanto, ainda é desconhecida. Após o crime, os assassinos pegaram diversos objetos de valor da vítima e fugiram no carro do advogado.
Três dos criminosos identificados na investigação do latrocínio já estão presos. Um deles é funcionário do contador. No decorrer da apuração para esclarecer o latrocínio, a Polícia Civil chegou a outros dois crimes cometidos pelo mesmo grupo criminoso. Um ocorreu em Cuiabá e outro foi executado no mês de abril deste ano, em Juscimeira.
Fonte: HiperNotícias

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