Reforma da Previdência atinge pensões

(Foto: Renato Spencer/ Acervo JC Imagem)

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Quase dois milhões e meio de pessoas recebem, ao mesmo tempo, aposentadoria e pensão no Brasil. O governo quer evitar que isso aconteça com os futuros aposentados e pensionistas.
Um dos pontos polêmicos da proposta de reforma da Previdência, é o que trata das pensões. Mas é importante lembrar: nada muda para militares e para quem hoje já recebe os dois benefícios. Eles serão mantidos, mesmo com a aprovação da mudança na Constituição.
Pela metade
O projeto prevê que a pensão por morte – para o setor público e privado – não será mais paga integralmente. Será reduzida à metade, com acréscimo de 10% por dependente.
A viúva, por exemplo, que também é considerada dependente, receberá um mínimo de 60% do valor da aposentadoria. E à medida que o dependente atingir 21 anos, o valor não poderá ser revertido para ela.
Além disso, as pensões podem ficar abaixo do valor do salário mínimo, porque não serão mais reajustadas de acordo com a política do mínimo, que prevê ganho real. Nada muda no reajuste das aposentadorias.
Se a proposta for aprovada como está, também não será mais permitido aos futuros beneficiários do setor público e privado, acumular pensão com aposentadoria. Eles vão ter que optar. Para os militares, não muda nada.
O número de pessoas que acumula aposentadoria e pensão no Brasil – no setor público, privado e também entre os dependentes de militares – aumentou sete vezes em um período de pouco mais de 20 anos; 330 mil pessoas acumulavam os benefícios em 1992. Em 2014, eram quase 2,5 milhões de pessoas, uma despesa de R$ 64 bilhões.
Essas mudanças no pagamento de pensões são consideradas fundamentais para diminuir o descontrole nas contas de previdência de todos os setores.
Segundo o governo, se forem aprovadas sem alterações em 2017, podem resultar em uma economia de R$ 1,5 bilhão já em 2018, chegando a R$ 10 bilhões em 2020.
Com G1/JN

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