Reforma: governo propõe nova idade mínima para aposentadoria

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Obstinado, Temer ofereceu café da manhã aos parlamentares (Foto: Divulgação/PR)

Obstinado, Temer ofereceu café da manhã aos parlamentares
(Foto: Divulgação/PR)

O projeto de reforma da Previdência – cujo parecer será lido amanhã, na comissão especial da Câmara que debate o tema -, segundo o governo de Michel Temer, poderá ter incluída uma diferenciação na idade mínima de aposentadoria para mulheres (62/63 anos) e homens (65).
A mudança vai constar do substitutivo elaborado pelo relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Maia (PPS-BA), ao texto original enviado pelo governo. Pela proposta original do Executivo, as mulheres teriam acesso ao benefício da aposentadoria a partir dos 65 anos, mesma idade dos homens. A equiparação gerou reação de vários setores e motivou intensa negociação entre o governo e os parlamentares.
Obstinado nessa cruzada contra os direitos dos trabalhadores, hoje pela manhã, no Palácio da Alvorada, Michel Temer promoveu um café da manhã com ministros e deputados da base aliada do governo. Na pauta, além de pontos da reforma da Previdência – motivo principal do encontro matinal -, constava também a proposta de cargos aos deputados, para que aprovem o seu texto da reforma da Previdência.
Parecer do relator
A diferenciação na idade mínima entre homens e mulheres também foi incluída pelo relator nas regras de transição. Segundo o relatório preliminar, não há corte de idade para entrar na transição e, neste período, o limite de idade para se aposentar é de 53 anos para a mulher e 55 para o homem.
O chamado pedágio sobre o tempo de contribuição durante a transição seria de 30% e não 50%, como proposto inicialmente. Maia reduziu também de 49 para 40 anos o tempo máximo de contribuição para o trabalhador receber o benefício integral da aposentadoria.
Se o trabalhador exerce atividade considerada de risco, o tempo total pode ser reduzido para 35 anos.
Para os trabalhadores rurais, a idade mínima para se aposentar foi alterada de 65 para 60 anos, com 20 anos de contribuição, em vez de 25 como proposto originalmente pelo governo. A alíquota de contribuição do trabalhador rural também deverá ser reduzida, não podendo exceder 5%, como é feito com o trabalhador urbano de baixa renda.
Segundo a proposta do relator, professores e policiais poderão se aposentar aos 60 anos, com 25 anos de contribuição e 20 anos de exercício de atividade de risco. O relator manteve a proposta de inclusão dos parlamentares no regime geral da Previdência, com previsão de aposentadoria a partir dos 60 anos.
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a pensão permanecem vinculados ao salário mínimo. No caso das pensões, o relator prevê o acúmulo de aposentadoria e pensão de até dois salários mínimos e, para os demais casos, mantém a possibilidade de opção pelo benefício de maior valor.
Da redação com Agência Brasil

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